A vacina CoronaVac, criada pelo laboratório chinês Sinovac, e que será produzida no Brasil por meio da parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, já está na última fase de testes –é uma das mais avançadas–, e tem tido, até então, bons resultados na imunização dos voluntários vacinados. Ou seja, as expectativas em relação a essa vacina são muito promissoras.
Diante do drama mortal vivido pelo mundo por conta da pandemia do novo coronavírus, qualquer vacina que se torne apta ao uso pela população global, após passar pelos necessários testes e validações científicos, será como uma bênção de cura e a etapa de superação do problema que já se arrasta por mais de seis meses.
Por isso, nesse momento de grave crise de doença e morte, todos os governos do mundo, em todas as esferas de poder, devem unir suas forças e ações no sentido de distribuir e aplicar o mais rápido possível qualquer vacina, independente de sua origem, que se torne a solução cientificamente aprovada desse problema.
Pois o (des)governo do inominável vem seguindo justamente o caminho inverso daquele que se deveria esperar de equipe gestora dum estado qualquer.
O chefe da quadrilha miliciana e corrupta tem ratificado, repetidas vezes, sua criminosa posição de não criar mecanismos para induzir a vacinação em massa da população, o que certamente prolongará o drama da saúde pública no Brasil causado pela sombria pandemia. É a necropolítica em seu estado puro.
Causou um rasgo de esperança ouvir o militar da saúde, aquele que sequer sabia o que era o SUS, afirmar que o Brasil compraria, por meio do governo federal, mais de 40 milhões de doses da CoronaVac. Mas, como tudo que vem do crime organizado instalado no poder central, a esperança logo se esvaiu, pois o energúmeno presidente tratou de desautorizar o militar na saúde, insinuando inclusive uma possível traição.
E por que o incapacitado presidente tem tal postura contra o povo brasileiro, forçando-o a viver sob a sombra da morte e da dor? Porque a vacina, voilà, é chinesa e a articulação foi feita por um seu atual desafeto político, antigo aliado, o governador do estado de São Paulo.
Caso a vacina do laboratório Sinovac alcance a necessária aprovação da comunidade científica, como parece que ocorrerá em breve, o brasileiro estará impedido de acessar a cura para a devastadora doença, que já matou mais de 155 mil pessoas no Brasil, porque o presidente eleito pela mentira e pelo ódio simplesmente não o quer por doentios cálculos eleitorais e políticos. Seu patético papel diante de tão grave problema mereceria, caso fosse esse um país sério, o opróbrio da sociedade e a sua condenação pelos demais poderes da República.
Mas o drama e a vergonha não param por aí: em muitos perfis de espíritas famosos vê-se a defesa dessa ignomínia e a adesão cega à campanha contra a vacinação do povo brasileiro. Essa estranha gente, carinhosamente chamada de bolsoespírita e que se diz defensora da vida, associa-se ao culto da morte e da dor de forma lânguida e irracional. Médiuns, cantoras, palestrantes, escritores de livros mediúnicos, dirigentes, parece que esse mal se alastrou como uma crise da razão e dos sentimentos entre essas pseudocelebridades descuidadas e que deixaram revelar o que de pior existe na alma humana.
Que venha a vacina, seja ela chinesa, paulista, russa ou marciana. Se passar pelas etapas indispensáveis do processo científico, que cumpra seu papel de curar a humanidade desse mal global. E que os desequilibrados, os ignorantes, os oportunistas e os cheios de ódio não sejam uma barreira na libertação dessa doença.