Hoje, a grande imprensa amanheceu louvando o encontro entre Luciano Huck e Sérgio Moro. E o odor fétido que exala das notas é a de que essa chapa dos sonhos do grande capital, do qual o “mainstream” jornalístico adula e faz parte, representariam, nas terras tupiniquins, o mesmo que a chapa Biden e Harris representaram nas terras do Tio Sam: a união de todos contra o fascismo e o obscurantismo.
O sincronismo do diálogo e da notícia, logo após o anúncio da vitória de Biden/Harris no Império do Norte, já mostra o grau de manipulação e oportunismo da imprensa cooptada e golpista que se enfrentará a partir de agora até 2022.
Tanto essa imprensa quanto os dois nomes citados e louvados estiveram juntos, todos, no apoio ao fascismo nacional, ao novo integralismo ridículo e anacrônico. “Nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado”, e não se deixará isso ser esquecido, mesmo que o apresentador global apague mais fotos com seus comparsas e o ex-juizeco fascista tente se descolar de seu ex-chefe em Brasília.
Não, esses nomes velhacos e espertalhões não representam o nosso Biden, como bem argumentou Kennedy Alencar em suas redes sociais. São oportunistas baratos que apoiaram os milicianos fascistas e agora querem tirar onda de centro esclarecido.
Não haverá união possível contra o fascismo com esses nomes à frente. Até porque a luta contra o fascismo também é uma luta contra os hucks e moros que se levantaram recentemente dos esgotos da política nacional.
A única frente ampla possível na luta contra essa doença moral que se instalou no Brasil é apenas, demasiado apenas, com partidos do espectro político de esquerda.
Data: 08.11.2020