No dia 13 de julho, em Brasília, o III Encontro Nacional da Esquerda Espírita reuniu diversos pensadores e ativistas para discutir temas relevantes à construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Entre os palestrantes, destacou-se Keka Bagno, Assistente social, mestra em políticas públicas (UnB) e umbandista.
Espiritismo e Ação Social
Keka Bagno iniciou sua apresentação discutindo como o espiritismo, enquanto doutrina de amor e caridade, deve engajar-se ativamente nas questões sociais e políticas. Ela enfatizou que os ensinamentos de Jesus, conforme interpretados pelo espiritismo, são fundamentalmente alinhados com a luta pela justiça social e pelos direitos humanos. Para Bagno, a prática espírita deve ir além das ações individuais de caridade, buscando mudanças estruturais que beneficiem toda a sociedade.
Participação Política e Educação Popular
Bagno destacou a necessidade de os espíritas se envolverem diretamente em espaços de decisão política, como movimentos sociais, sindicatos e conselhos comunitários. Ela argumentou que a participação ativa é crucial para promover políticas públicas que combatam a desigualdade e promovam a justiça social. A vereadora também ressaltou a importância da educação popular, inspirada nas ideias de Paulo Freire, como um meio de empoderar as comunidades e fomentar a conscientização política.
Feminismo e Direitos Humanos
Durante a palestra, Keka Bagno abordou temas como o feminismo e a descriminalização do aborto, afirmando que esses assuntos estão alinhados com os princípios espíritas de respeito e valorização da vida. Ela enfatizou que a luta pelos direitos das mulheres e por uma sociedade mais igualitária é uma extensão natural da prática espírita. Bagno argumentou que os espíritas devem ser defensores ativos dos direitos humanos, utilizando sua influência para promover mudanças positivas na sociedade.
Keka Bagno concluiu sua palestra incentivando os espíritas a assumirem um papel mais ativo na política e na sociedade. Ela reforçou que a verdadeira prática espírita envolve não apenas a caridade, mas também a luta contínua por justiça social e pelos direitos humanos. Bagno destacou a importância de uma atuação coletiva e organizada para alcançar um mundo mais justo e fraterno.
Veja a íntegra da palestra de Keka Bagno: