Há cerca de dois mil anos, um cometa, segundo relatos da época, indicou o caminho de onde ocorreria o nascimento daquele que anunciaria um mundo novo, uma nova sociedade sem injustiça, sem desigualdade, sem opressão. O cosmo ao redor desse planeta, que é a nossa casa, dizia, da sua forma, qual o caminho para a transformação da nossa realidade.
Esse homem, nascido duma família em fuga e amedrontada pela opressão social, anunciou um reino que não faria parte do mundo conhecido, do mundo onde vivem os oprimidos por um sistema que tritura vidas e corpos. Sua mensagem ecoou no tempo e até hoje enche de esperança o coração daqueles que sonham com esse reino que não é desse mundo.
Os espíritas temos, na mensagem desse homem, a bússola que orienta nossas lutas, ações e reflexões, porque as propostas espíritas são integralmente pautadas pelo esperançar, por ele, semeado entre nós. E aqui não há um religiosismo piegas, barato, mas apenas a constatação de que o caminho indicado é o que nos movimenta e transformará as estruturas que sustentam esse sistema injusto e cruel, porque essa nossa esperança é capaz de mover as montanhas que se interpõem entre nosso sonho e sua realização.
Que possamos ser a terra generosa onde as sementes dessa esperança dum mundo mais justo e fraterno possam brotar em plenitude naquilo que nos propomos a fazer.
Espíritas, o “amai-vos” é o chamado para transformar o mundo. Essa é a tarefa histórica de todo aquele que se coloca como seguidor dessa profunda e bela mensagem de esperança.
Feliz Natal.
No Nosso país vivemos hoje oprimidos por um sistema pautado na religião, como os mesmos religiosos que sacrificaram Jesus, que estão triturando vidas e corpos também.