O fim da 2ª Guerra e o papel soviético

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Recriação colorida da famosa fotografia de Yevgeny Khaldei, tirada em 2 de maio de 1945 no topo do parlamento alemão, o Reichstag.
Recriação colorida da famosa fotografia de Yevgeny Khaldei, tirada em 2 de maio de 1945 no topo do parlamento alemão, o Reichstag.

No último dia 8 de maio foi comemorado o Dia da Vitória na Europa, que marca a rendição da Alemanha nazista na II Guerra Mundial, ocorrido há 75 anos, no dia 8 de maio de 1945.

Esse dia, “muitas vezes, é retratado como se fossem apenas as forças lideradas pelos EUA e Reino Unido que derrotaram a Alemanha, mas o papel da União Soviética foi crucial para derrotar os nazistas. Afastar a invasão alemã e pressionar pela vitória na Frente Oriental exigiu um tremendo sacrifício, pois os soviéticos sofreram o maior número de baixas na Segunda Guerra Mundial, perdendo mais de 20 milhões de pessoas, militares e civis.”[1]

O nazifascismo, nesses estranhos tempos em que se vive, levanta mais uma vez sua horrenda face, intentando levar ao mundo seus valores de ódio, horror, discriminação, preconceito e morte.

Suas personagens extravagantes e criminosas ganharam, ultimamente e em vários lugares do mundo, espaço e holofotes duma sórdida imprensa, que agora luta contra sua própria criatura, pois o fascismo não tolera a imprensa livre, não tolera a ciência, não tolera o conhecimento, não tolera a liberdade, não tolera…

Cabe a citação de famoso provérbio espanhol: “cria cuervos que te sacarán los ojos”, traduzindo, “cria corvos e eles te arrancarão os olhos”. Ou seja, é da natureza do fascismo esse comportamento da interdição da interlocução e da imposição dos piores horrores aos indivíduos, ultrapassando todos os limites do respeito aos direitos humanos.

Mais uma vez a humanidade é chamada para superar o ressurgimento dessa ideologia de extrema-direita que intenta contra a vida e a dignidade humanas. O fascismo está sempre à espreita, infiltrando-se nas mentes pelas dificuldades sociais e materiais dos mais inconscientes, buscando encontrar inimigos a serem abatidos e forjando uma doutrina de adoração messiânica a líderes sem caráter e sem escrúpulos. Como disse Bertolt Brecht, “a cadela do fascismo está sempre no cio”.

Os tempos que se avizinham serão difíceis, e, infelizmente, “faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas”[2].

Essa geração está sendo chamada para, mais uma vez, derrotar esse inimigo da evolução humana, porque, como é dito pelos espíritos que auxiliaram Kardec, o homem não tem o poder de paralisar a marcha do progresso, mas pode “embaraçá-la”[3]. Então cabe a todos que não se fascinaram pelas mentiras e não beberam do cálice venenoso de ódio do fascismo impedir que essa estranha gente embarace de novo a trajetória em direção à liberdade, à fraternidade e à justiça social, que são pedras angulares das propostas espíritas.

Notas:

[1] https://web.facebook.com/…/a.95607…/1158264141178772/…

[2] KARDEC, Allan. “O livro dos espíritos”, parte III, cap. VIII, questão 784.

[3] KARDEC, Allan. “O livro dos espíritos”, parte III, cap. VIII, questão 781.

Publicado no Facebook em 11/5/2020.

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