O agora ex-ministro da Educação, uma ignomínia para a humanidade, ao ser empossado no cargo, no dia 9 de abril de 2019, que o alçaria ao posto de pior ministro da Educação da história, disse sobre Paulo Freire[1]:
“Se o Brasil tem uma filosofia de educação tão boa, Paulo Freire é uma unanimidade, por que a gente tem resultados tão ruins comparativamente a outros países? A gente gasta em patamares do PIB igual aos países ricos.”
Em maio de 2019, já como ministro, ameaçou retirar o mural em homenagem a Paulo Freire que está colocado em frente ao ministério da Educação, afirmando[2]:
“Devemos retirar o mural de Paulo Freire em frente ao MEC? Acho que deve ser mantido, até que o Brasil deixe de ser o PIOR país na América do Sul (PISA 2018). Paulo Freire representa o fracasso da educação esquerdista (FHC+PT). Um dia, o Brasil terá outro patrono da educação!”
Ainda no mesmo maio, na sua fixação freudiana em relação ao patrono da educação brasileira, insistiu[3]:
“Vejo o Paulo Freire sendo muito mais uma bandeira do que realmente uma referência tão importante assim. Vejo, nesse caso, como um bom adversário. Porque o sistema que ele montou é ruim, as falas dele são super confusas, o resultado é péssimo e ele é muito feio, então é fácil de bater.”
Em agosto voltou a demonstrar seu incômodo em relação ao mural de Paulo Freire no MEC[4]:
“Acabo de oferecer esse belo mural para que o Deputado Eduardo leve para Washington ?. Brincadeira… Os EUA são uma nação amiga do Brasil.”
Em dezembro, em mais um ataque àquele que o ex-ministro odeia, ilustrando os méritos inequívocos de Freire, expôs[5] mais uma vez suas dificuldades cognitivas:
“O símbolo máximo do fracasso da gestão do PT começou quando foi construída a lápide da educação. Ela está lá embaixo na entrada do MEC, que é esse mural do Paulo Freire. Representa esse fracasso total e absoluto.”
Já em 2020, em fevereiro, voltou à sua fixação[6]:
“O que que acontece objetivamente é que eu vi a importância das características que eu tinha para a importância da batalha, da guerra, que precisa ser travada aqui. Primeiro é a busca da verdade, falar a verdade. Paulo Freire, ele funcionou, ele conseguiu deixar uma população ignorante e doutrinada.”
Paulo Freire obteve trinta títulos de Doutor Honoris Causa ainda em vida –morreu em maio de 1997– e mais cinco “in memoriam”, além do prêmio da Unesco de “Educação para a Paz” em 1986. Paulo Freire é o brasileiro mais citado no mundo e é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Seu livro “Pedagogia do oprimido”, escrito em 1968, é o terceiro mais citado em trabalhos acadêmicos na área de humanidades em todo o mundo[7]. Por conta desse currículo inquestionável e incomparável em terras tupiniquins, foi homenageado com o título de “Patrono da Educação Brasileira”.
Óbvio que incompetentes e energúmenos teriam mesmo dificuldades em lidar com tamanho gigantismo intelectual, haja vista suas liliputianas capacidades cognitiva e moral.
Ser ofendido reiteradamente por essa escória eleita pela mentira e pelo ódio ao poder executivo federal é um elogio a ser inserido no currículo de qualquer ser humano minimamente normal. Mas para a estatura intelectual de Paulo Freire, tais ofensas sequer arranham sua biografia incomparável.
Notas:
[1] https://www.cartacapital.com.br/…/na-posse-weintraub…/
[2] https://educacao.uol.com.br/…/weintraub-ameaca-tirar…
[3] https://veja.abril.com.br/…/weintraub-a-sofisticacao…/
[4] https://www.cartacapital.com.br/…/weintraub-ataca…/
[5] https://www.brasil247.com/…/weintraub-ofende-paulo…
[6] https://www.conversaafiada.com.br/…/weintraub-o…