“O escravo que não é capaz de assumir a sua rebelião não merece que tenhamos pena dele. Este escravo será o único responsável pela sua desgraça se ele se iludir sobre a condescendência de um mestre que afirma libertá-lo. Apenas a luta pode ser livre.”
“É justo sacrificar-se pelo futuro.”
A seguir, texto de Vascomunistas:
“Capitão militar burquinense, revolucionário marxista & presidente de Burkina Faso de 1983 a 1987, esse foi Thomas Isidore Noël Sankara. O movimento negro brasileiro é em sua grande maioria abertamente liberal e anticomunista. Sankara compreendeu que não há capitalismo sem racismo e como bom marxista, fundamentou sua luta para além de antirracista, sistematicamente anticolonialista, anti-imperialista e acima de tudo, anticapitalista.
Muitos acusam falsamente o marxismo de eurocêntrico, porém, viram o rosto pra figuras como Sankara, Carlos Marighella, Ho Chi Minh, Lumumba, sem contar da fundamental contribuição das nações socialistas na libertação da África. Ironicamente, idolatram os Panteras Negras, mas, parece que o apreço é apenas pelo logotipo bonito, tendo em vista que desprezam o fato de serem essencialmente marxistas-leninistas.
Sankara, à frente de Burkina, promoveu inúmeros avanços, inclusive, possibilitando a autonomia e participação das mulheres no processo político.
‘As origens da dívida remontam às origens do colonialismo. Aqueles que nos emprestaram dinheiro são os mesmos que nos colonizaram. São os mesmos que geriam as nossas economias. Os colonizadores endividaram África através dos seus irmãos e primos que eram os credores. Não temos nenhuma ligação com essa dívida. Portanto, não podemos pagar por isso’.”
Para saber mais sobre Thomas Sankara, vale ouvir o ótimo episódio de “Camaradas” da página Revolushow: clique aqui.
Publicado no Facebook em 06/06/2020