Núcleos Espíritas Populares – Uma proposta de renovação

10

Em 2023, o EàE deve colocar como uma de suas prioridades de ação-reflexão a implantação de Núcleos Espíritas Populares (NEPs), que é uma proposta de renovação e transformação radicais para atuação do movimento espírita.

Como base introdutória para uma reflexão conjunta dos espíritas progressistas, o EàE participou do V Encontro Nacional da CEPABrasil, ocorrido em Santos, SP, entre os dias 4 e 6 de novembro de 2022, com o texto “Núcleos Espíritas Populares: uma proposta de renovação”, no qual esboça algumas premissas e propõe alguns caminhos para essa transformação do movimento espírita.

Esse texto completo foi apresentado virtualmente e está disponível no canal do YouTube do EàE, no seguinte endereço:

 

O texto completo para leitura pode ser baixado no seguinte endereço:

NEPS (1958 downloads )

Segue abaixo o resumo do texto:

Esse discurso pretende apresentar uma proposta de renovação do movimento espírita e, mesmo que diminuta, da sociedade em que ele se insere. E esse propósito é buscado por meio do uso da beleza teatral do texto de Eurípedes, servindo ao mesmo tempo como forma, desenhando um cenário de fundo para a discussão, e como conteúdo reflexivo, pois a tragédia bacante conduz o seu leitor a uma paráfrase possível da realidade espírita por meio do drama vivido por suas personagens. Se Eurípedes, em sua maturidade encanecida e ao escrever sua última e impactante obra, foi capaz de refletir sobre os deuses gregos e questionar a religião, a condição social das mulheres e o poder do estado sobre a vida privada, é também possível que o movimento espírita brasileiro, após seus mais de cento e cinquenta anos, seja capaz de refletir sobre seu caminho, seus méritos, seus desvios e atalhos e propor saídas para os problemas que tem enfrentado na realidade em que atualmente se encontra. Com esse propósito e esse pano de fundo, parte-se das reflexões e práticas históricas de Paulo Freire e das Comunidades Eclesiais de Base para propor uma nova forma de atuação do movimento espírita, voltada para um trabalho popular de conscientização e de promoção da transformação social. Esse novo caminho é nomeado nesse discurso de Núcleo Espírita Popular (NEP). Não sendo mais possível pensar num movimento espírita que, por meio da atividade alienante e da caridade esmoler, contribui para manter os graves problemas sociais, contrariando tudo o que está proposto nos ensinos de Jesus e dos espíritos que auxiliaram Kardec, faz-se necessário ultrapassar esse estágio de fideísmo inócuo, focado exclusivamente na escatologia idealista e na soteriologia subjetiva, para avançar sobre a ideia central do Reino apresentada por Jesus quando se propôs a trazer para mulheres e homens a possibilidade da construção duma nova sociedade justa e fraterna, uma sociedade que não é desse mundo de opressão e indignidade. Para isso, faz-se também necessário pensar não apenas no objetivo principal, que é a continuidade da luta pela construção do Reino, mas refletir e propor caminhos objetivos para esse movimento ao mesmo tempo profundo e arriscado, haja vista a enorme resistência que será contraposta, como penteus contemporâneos, por todos os que se conservam em seus privilégios sociais, mormente dentro do próprio movimento espírita. Entretanto, essa é a tragédia a que está destinado o espiritismo, como um mensageiro de Dioniso, resgatar a originalidade revolucionária daquilo que foi trazido pelo homem nazareno, atuando como um educador das propostas dessa nova sociedade, conscientizando mulheres e homens do povo de seu papel histórico, social e político.

Ao público espírita: contra o terrorismo, a violência e o vandalismo

5
O EàE, veementemente, vem-se manifestar ao público espírita contra os atos criminosos ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, perpetrados por seguidores e apoiadores do ex-presidente da República. Os criminosos, vândalos e terroristas atuam para tentar reverter o resultado eleitoral legítimo, que escolheu Luiz Inácio Lula da Silva como novo presidente da República. Manifestações de pessoas e grupos são garantidas pela Constituição da República, mas não há absolutamente nada que possa justificar atos de vandalismo e depredação de patrimônio público e de violência contra servidores, trabalhadores da imprensa e o povo em geral. É importante denunciar, como o EàE tem feito de forma contínua nas suas redes sociais, a trágica participação de lideranças autodenominadas espíritas nesses eventos, seja na forma presencial ou virtual, divulgando, apoiando e financiando esse tipo de ação criminosa. Isso não é mais uma questão meramente ideológica ou de preferência político-eleitoral, isso é uma associação indevida das propostas espíritas de amor e fraternidade ao crime e ao terrorismo. E esses dirigentes, médiuns, oradores, artistas e escritores espíritas devem ser repudiados e denunciados por todos aqueles que se sentem tocados pela beleza e profundidade da mensagem espírita. O movimento espírita não pode mais dar espaço em suas instituições e eventos presenciais ou virtuais a essa gente que manchou o espiritismo de forma tão grotesca. E o EàE continuará a denunciá-la, incluindo aqueles que dão espaço a essa estranha gente espírita que escolheu o caminho do crime, da violência e do ódio.

Breve balanço de 2022

2

Foi um ano difícil para todos. Isso é inegável. O país chega ao final desse ano com quase 700 mil mortos pelo vírus da pandemia e pelo verme genocida que se despede do poder. Muita dor, sofrimento, desespero e morte no caminho. Um caminho que já seria difícil sem o inominável no poder e que se tornou, por conta de sua imoralidade e inépcia, insuportável. Ou seja, um caminho que já seria difícil de qualquer maneira, por conta da pandemia, ficou insuportável por causa do miliciano.

Mas a parte do país que ainda consegue se indignar e lutar conseguiu, pela força da democracia, enxotar esse traste humano e tirar a quadrilha miliciana do poder.

Manifesto

E os espíritas progressistas tiveram importante papel nesse percurso, pois estiveram engajados continuamente na campanha eleitoral mais importante da história recente do Brasil, uma eleição que não foi apenas um embate de ideias e propostas, mas foi um embate entre amor e ódio, fraternidade e perversidade, cultura e ignorância, diversidade e discriminação, liberdade e autoritarismo, em suma, entre a civilização e a barbárie. E uma das formas de atuação foi o “Manifesto dos espíritas contra a reeleição do atual presidente”, proposto conjuntamente pelo EàE, ABPE e Ágora, que teve imensa adesão dos espíritas e grande repercussão na imprensa progressista. Além disso, a esquerda espírita esteve presente nas ruas durante todo o ano em manifestações e eventos de campanha contra a necropolítica do governo que se encerra. Os registros dessa intensa participação estão nas redes sociais do EàE.

Lives e aulões

E o EàE contribuiu nesse ano de 2022 com diversas edições de seus programas ao vivo nas redes sociais, trazendo personalidades e temas para o debate político, social e espírita. Esteve também presente com textos e reflexões sobre essas questões, buscando levá-las ao movimento espírita para que a realidade seja o principal tema de suas instituições, pois o EàE entende que não é possível pensar o espírito imortal sem a necessária reflexão sobre sua condição material de vida na Terra.

Encontro Nacional

Nesse ano, o EàE conseguiu realizar, após a grave crise da pandemia de covid-19, o II Encontro Nacional da Esquerda Espírita. O encontro ocorreu na cidade de São Paulo, no dia 10 de julho, na sede do Sindicato dos Bancários de SP. No evento, que também foi transmitido ao vivo pelas redes sociais, estiveram presentes como palestrantes a Dora Incontri, o Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), e os professores Juliana Magalhães e Alysson Mascaro. Durante o encontro da esquerda espírita, ouvimos e debatemos sobre política, sociedade, espiritualidade e eleições.

Clube do Livro

Em 2022, o EàE, em parceria com a Associação Brasileira de Pedagogia Espírita (ABPE) e a Editora Comenius, lançou o Clube do Livro Espiritismo e Sociedade, com livros de autores espíritas progressistas que estavam ausentes das prateleiras das livrarias espíritas. Lançamos uma nova tradução de “Socialismos e espiritismo”, de Léon Denis; lançamos pioneiramente, após longos quase 70 anos, a obra “Os espiritualistas perante a paz e o marxismo”, de Eusínio Gaston Lavigne, cuja publicação de suas obras espíritas é exclusiva do EàE; publicamos também uma nova tradução de “Conceito espírita do socialismo”, de Cosme Mariño; e uma nova edição de “Dialética e metapsíquica”, de Humberto Mariotti. Ainda há novos livros espíritas progressistas a serem publicados dentro dessa coleção pioneira.

ESE antirracista

evangelho antirracistaEm novembro, no Dia da Consciência Negra, o EàE lançou o primeiro livro de seu projeto antirracista: “O evangelho segundo o espiritismo – Edição antirracista”. Uma obra, gratuita, que veio romper o longo silêncio do movimento espírita sobre as questões étnicas e sobre o racismo presente nas obras kardecistas. Foi um projeto corajoso e abraçado por todos dentro do EàE, sendo conduzido com o cuidado necessário que a questão exige. Houve choro e ranger de dentes, mas houve também, em sua maioria, manifestações de apoio e de felicitações ao trabalho de enfrentamento do racismo feito pelo EàE dentro do movimento espírita.

Estudos

Além de tudo isso, o EàE deu prosseguimento a seus grupos de estudos de espiritismo progressista e aprofundou suas reflexões sobre os Núcleos Espíritas Populares, uma proposta de transformação radical de atuação do movimento espírita.

O ano de 2023, que já surge cheio de esperança e alegria, será mais um ano de muito trabalho para o EàE. Há muitas novidades vindo por aí que vão, certamente, chacoalhar ainda mais o movimento espírita. Porque o EàE existe para isso.

Venha fazer parte desse movimento que agrega os espíritas progressistas e ajudar nas reflexões, nos projetos e na execução de suas propostas.

É preciso enfrentar a teocracia

0
Achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e também os cambistas sentados; e tendo feito um chicote de cordas, expulsou a todos do templo, as ovelhas bem como os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai uma casa de negócio.” Relato sobre Jesus em João, 2, 14-16. Esse é um dos raros fatos sobre a vida de Jesus relatado em todos os 4 evangelhos neotestamentários, portanto, um dos mais críveis e passíveis de reflexão profunda. Esse trecho serve para se pensar sobre o que o bolsonarismo tem feito com a fé das pessoas, transformando-a em objeto de negócios privados, de ódio contra as diferenças e de manipulação política com projetos totalitários. Têm-se visto em vídeos pelas redes sociais, cultos religiosos serem invadidos por fanáticos dessa seita para impedir que líderes façam preleções sobre a fé de seu público. Com gritos e discursos raivosos, essa estranha gente se acha no direito de impor sua visão totalitária e fundamentalista a casas e líderes da fé. Interrompem cultos, impedem seu prosseguimento e agridem pessoas que, para elas, não atendem a seus requisitos de propagação do ódio e da mentira. Não se pode ceder a esses fanáticos iracundos. Eles devem ser enfrentados na forma adequada, pois o que fazem é crime previsto no Código Penal brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) que, em seu art. 208, prevê: “Art. 208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.” Portanto, é preciso denunciar às autoridades competentes o que esses criminosos fazem nas casas religiosas, pois só assim eles serão detidos em sua fúria dogmática, antidemocrática e criminosa. Não tomar as devidas providências legais e administrativas é ceder ao lento processo de instalação da teocracia fundamentalista bolsonarenta, que, pouco a pouco, diante dos medos e recuos da maioria, impõe sua forma autoritária de pensar, de agir e de crer. No livro intitulado “The handmaid’s tale”, lançado em 1985, cujo título em português é “O conto de aia”, que se tornou famoso após ser transformado em série televisiva em 2017, a escritora canadense Margaret Atwood mostra, num futuro distópico, um governo totalitário –a República de Gilead–, que é uma teocracia fundamentalista cristã, militarizada, hierarquizada e dividida em castas, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler. Numa das cenas iniciais dessa trágica história, a personagem principal, a aia Offred, lembra de momentos anteriores à mudança de regime, quando via, com suas amigas, as violências ocorrerem na frente de todos, as pessoas sendo impedidas em seus direitos e as manifestações sendo coibidas por fanáticos cheios de ódio, e tudo isso sem que houvesse reação da sociedade civilizada, e, numa fala profética, diz: “como vimos isso acontecer na nossa frente e nada fizemos?”. É por isso, sob o risco de se ser cúmplice, que não se pode calar diante da barbárie fundamentalista cristã que, antes comedida, coloca-se, sem constrangimentos, como a ponta que rompe as barreiras civilizatórias e impõe o ódio e a perseguição como normas sociais toleradas. Não, não se pode calar diante dessa tragédia social. E esses bárbaros contemporâneos, essa horda de ódio e horror, só serão detidos em seu insano projeto autoritário se a sociedade não se calar e reagir. Há instrumentos legais e institucionais para contê-los em sua ira nada santa, e é preciso usá-los. Usá-los sem parcimônia, denunciando ao Ministério Público, fazendo ocorrências policiais e promovendo ações judiciais que coloquem freios nessa barbárie bolsonarenta. Mas é preciso também que progressistas se organizem em manifestações, grupos, associações, partidos etc. para mostrar que a liberdade e a laicidade são valores inegociáveis. Esse é o chicote social que derrubará esses projetos teocráticos e expulsará essa estranha gente do convívio social, tal qual Jesus o fez com os que deturpavam e usavam a fé para conquistar poder e riquezas.

Manifesto Espírita sobre a eleição presidencial em 1º turno

134
Nós, espíritas, abaixo assinados, vimos ao público em geral e às comunidades espíritas em particular para nos posicionarmos sobre a eleição presidencial de 2 de outubro de 2022 afirmando que os espíritas NÃO devem votar no atual presidente da República. E tal posicionamento se dá em função de: a) o espiritismo possuir caráter essencialmente progressista, conforme textos de Kardec, como se lê, por exemplo, em “A gênese”, nos itens 10, cap. IV; 56, cap. XVII; e 24, 25, 28 e 30, cap. XVIII. E esse caráter progressista, colocado como lei no cap. VIII da parte III de “O livro dos espíritos” (LE), está ligado ao respeito e ao fomento das ciências, incluindo as ciências sociais, a à educação como base de nossas relações; b) que “numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome”, como afirma a resposta à questão 930 de “O livro dos espíritos”, mostrando-nos que a justiça social é parte indissociável das propostas espíritas, pois “Deus fez o homem para viver em sociedade” (LE766) e que “todos devem concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente” (LE767). c) que o primeiro de todos os direitos naturais é o de viver, como nos diz a resposta à questão 880 de “O livro dos espíritos”, e que tal direito é oposto à disseminação de armas e à falta de cuidados com a saúde da população; d) que o compromisso com a vida se estende necessariamente aos seres que compartilham conosco o planeta que nos acolhe, sendo, portanto, essenciais o cuidado e a manutenção de todos os biomas naturais para a preservação da fauna e da flora; e) que o espírito imortal não tem sexo, gênero, etnia ou nacionalidade e que, portanto, torna-se premente a superação da discriminação social que aflige grande parte da população, como o racismo, a LGBTfobia, o machismo, o capacitismo e todas as demais formas de discriminação e preconceito; f) que a “justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais” (LE875) e que “o forte deve trabalhar para o fraco. […] É a lei de caridade” (LE685), não sendo possível, portanto, pactuar com a contínua e opressiva cassação de direitos básicos de trabalhadoras e trabalhadores; e g) que, como a laicidade do estado é um pilar das sociedades contemporâneas, as pautas sociais discutidas nos parlamentos e na própria sociedade devem-se pautar exclusivamente pela ciência e pelo interesse social, excluindo-se quaisquer interferências de credo nesse debate. Diante dessas premissas fundamentais do espiritismo e do fato de o atual presidente não se alinhar a NENHUM desses princípios, entendemos que o avanço da sociedade brasileira só será possível mediante a superação desse trágico momento social em que vivemos no Brasil e que isso passa necessariamente pela NÃO reeleição desse grupo ora no poder, pois o amor ao próximo e a justiça social estão justamente no seu lado oposto. Subscrevem esse manifesto os abaixo assinados:

CLIQUE AQUI E SUBSCREVA VOCÊ TAMBÉM ESTE MANIFESTO

Espíritas à Esquerda Associação Brasileira de Pedagogia Espírita Ágora Espírita Wiama de Jesus Freitas Lopes Raimundo Mota Dias Dora Incontri Elizabeth Hernandes Mariela Bier Rosângela de Souza Vilaça Fabiana Coutinho Mônica Fonseca Mendes Gastão Cassel Ricardo Ferreira da Silva Hadson Nascimento Sergio Mauricio Pinto Nome Nome Abimael das Neves Ramos Júnior Ada Izabel da Rocha Adací Pimentel dos Santos Adalberto Cunha Adalberto Martins Junior Adão Donizete Panini Adelaide Oliveira Ademar Arthur Chioro dos Reis Ademir Roberto Rizzi Adilson Lessio Adilza Maria Linhares Corrêa Adinilson G. Quaresma Adna Eloi Adolfo Sérgio de Moraes Cardoso. Adriana Bezerra Adriana Alves do Carmo Adriana Augusto da Silva Ribeiro Adriana Braga Ferraz Adriana Camargos Garcia Kobayashi Adriana Carla Magalhães da Silva Adriana Corsi Adriana Cristina Ferreira Caldana Adriana Cristina Meneghin Adriana de Magalhães Chaves Martins Adriana Jaeger Santos Adriana Magalhães Alves de Melo Adriana Maria Magalhães Nunes Adriana Pinto Cavalcanti Adriana Pontes Errero Adriana Silva Adriane Coelho de Oliveira Adriane Couto Cysne Adriane Elisa Caetano Mendes Mota Adriano Augusto Reis Souza AFONSO Celso Juliano Agnaldo Luzia Agnes Henriques Soares Leal Aguida Kissy Souza de Oliveira Aída Bezerra de Menezes Guedes Alaide Divina Soares Santos Alan Bazalha Lopes Alan Gomes Pita Alan Sérgio Rodrigues Alana Rissinger Alany Holanda Nepomuceno Vasconcelos Alba fernandes da Rocha Alba Magalhães David Klinksiek Alba Valéria Soares de Albuquerque Albana Azevedo Brito Albanita Silva de Macedo Albert Wagner Rocha Pitta Travnik Alberto Leonor Oliveira Brito Alberto Monsores Alberto Morgado Junior Alberto Soares Alberto Tourinho Alcides Teixeira da Rocha Júnior Alcione Moreno Alda Beatriz Albert Alda Solon Aldacira Alves de Oliveira Aldemario Araujo Castro Aldo José Alves Barbosa Aldorema Josefina Finco Aleksandro Schwanke da Silva Alene Queiroz Pinto Alesandra Machado Vieira de Azeredo Alessandra Armentano Banharelli Alessandra Couto Silva Santos Alessandra dos Santos Pereira Alessandra ibarra de Almeida ALESSANDRA KARINE DE CARVALHO MARIANO Alessandra Lara Santos Alessandra Longhi Souza Alessandro César Bigheto Alex Araújo Alex Fabiano da Cruz Gama Alexandra Garcia da Paz Santana Alexandre Alexandre Capelo da Silva Alexandre João da Silveira Alexandre José de Camargo Alexandre Júnior Alexandre Lippi Alexandre Porto Alexandre Sérgio Mano Alexsandro Macêdo Saraiva Alfredo Geraldo Peligrini Rocha Alice de Araujo Nascimento Pereira Alice Grant Marzano Alice Maria Feitosa Bastos Alida Corrêa Aline Alves Santos Aline Cristina de Oliveira Aline Cristina Rodrigues Aline da Silva Sousa Aline Fajardo Souza Lima Aline Nunes da Silveira Aline Santos. Aline Setubal Castrioli Silva Alisson Duarte Allan Kardec de Faria e Silva Almira Alves de Araujo Silva Altair Paulo de Fontes Altemir Brehm ALUISIO BARBOSA JUNIOR Aluísio Guerra do Nascimento Alvaro Raul de Souza Zanolete Amanda Barros Amanda Bencupert Silva Amanda Pedroso Amanda Pinheiro da Penha Fernandes AMBROSILINA ACÁCIA VARGAS BOECHAT Amélia Morley Ana Aparecida Souza Ana Belmira Paz da Silva Ana Berenice Briskiewicz Ana Carolina Barboza Ana Carolina Campos de Araujo Ana Carolina Mendes Freitas Ana Carolina rocha Ana Carolina Teixeira de Oliveira Ana Cassia Medeiros Candido Ana Celia de Carvalho Ana Christina Hoffmann dos Passos Ana Cibelle Leal Ana Clara ANA CLAUDIA BARBOSA Ana Cláudia de jesus Barreto Ana Cláudia Machado Ana Cristina Coutinho de Lima Ana Cristina Gaze Ana Cristina Reis Bezerra ANA Cristina Taglialatela Ana de Almeida Ana Flavia Martin Ana Helena Sampaio Maluf Ana Júlia Filgueira Santana Ana Karenina Berutti Marques Ana Karolinny Ana Laura Grossi de Lima e Souza Ana Letícia Sanches Ana Lucia C Gomes Ana Lucia Cardoso Kirchhof Ana Lúcia Carneiro de Souza Ana Lúcia de Souza Rocha Ana Lúcia Ferreira Lira Ana Lúcia Guimarães Jambo Ana Lúcia Marques Virgílio da Silva Ana Lúcia Moraes de Miranda Ana Lucia Ramos Natalli Ana Lucia Tostes de Aquino Leite Ana Luisa Araújo Machado Ana Luiza Cardoso Andrade Ana Luiza de Souza Lima Figueiredo Ana Márcia Diógenes Ana Maria Bezerra Ana Maria de Carvalho Ana Maria Medeiros Ana Maria Pereira Ana Maria Santana de Alcântara Ana Maria Sartes Plischke Ana Maria Silva Ana Metzker Ana Nathália Araújo Andrade Ana Paula de Barcellos Ana Paula de moura canario Ana Paula dos Santos Rodrigues Ana Paula F. D’Avila Ana Paula Francisca Da Silva ANA PAULA GADOTTI FRANCO Ana Paula Muzitano Santos Ana Paula Nieves Papa Ana Paula Pérez Fiocchi Ana Paula Pontes de Castro Ana Paula Ribeiro Felippe de Toledo Ana Paula Santana Ana Paula Scarpelli dos Santos Reis Ana Person Ana Rosa Ana Sousa Carvalho Ana Teresa de Souza Facirolli Ana Valéria Araújo Franco Almeida Anamaria Pires Lucas Anamelia Ferreira Prado Zara Anauara Souza Viera Anderson da Silva Andre Camorozano Félix André Dias André Ernesto Biazus Cordeiro André Luis Bonifácio de Carvalho André Luiz de Oliveira Campos Andre Luiz de Sena Ramos André Luiz França Vasconcelos dos Santos André Luiz Soares Machado ANDRE MARTINS André Mohor Lourenço André Parente Andre Plez André Tavares Andre Tenorio Andrea Andréa Baptista Nunes Andréa Bassitt de Carvalho Andréa Brandão da Silveira Andrea Cândida Azevedo Gomide Andréa Cesário Andréa Dantas Andrea Drummond Andréa Lyra Andréa Magalhães David Andrea Reginato Andréa Siqueira de Melo Andréa Thomé Netto Andrea Tranjan Souzedo Andreia Pagani Maranhão Andréia Pereira Andreia Ruas daa Neves Andresa dos Santos Farias Andressa Barros Cerqueira Andreysa Silveira Pires Carvalho Andreza Alves Soares Anete Artoni Anete R9sa Copelli Angela Almeida de Morais Angela Beatriz Fert Silveira Angela Cristina Ângela Daniela da Silva Nascimento Angela Leite Ângela Maria Passos Angela Oliveira Couto Angela Varella Angélica da Silva Vasconcellos Angelita Herrmann Angelita Tavares Angelo da Silva Lopes Angelo Fernando Fernandes Anizete Quinderé anna beatriz pina Anna Letícia Soares Rocha Guerra Abdallah Vizotto Anna Louzada Anna Paula Oliveira dos Santos Anne Louise Antenor de Oliveira Aguiar Netto Antonia J. Caetano Antoniele Francisca Antonio Albuquerque Antônio Carlos Borges de Araújo Antonio Carlos Caetano de Paiva ANTONIO CARLOS CANITO GHIEH ANTONIO CARLOS CARNOUT ROCHA Antônio Carlos de Almeida Halbersadt Antônio Carlos Martins da Cruz Antônio Colatino Ferreira Antônio Costa Antonio Ferreira de Almeida Bisneto Antonio George Santos Vitor Antônio José R de Brito Aparecida Ivonete de lima Aracy Cordeiro da Silva Neves Ariane Dabien Garrido Barroso Ariane Luisa Nedel Arikson Cortez Leite Arilucia Souza Borges Pellegrini arlene carvalho Arlene Pires Arlete Cintra Barbosa Breda Arlete Feres Arlete gimenez Arlete Peixoto Barbosa Arlindo Costa Filho Armindo A D Pereira Arnaldo mendes Artemisia Moreira da Rocha Arthur Siqueira Veronez Asclepiades Antonio de Oliveira Filho Asclepiades Vasconcellos Abreu Junior Ataisa Audrei Juliana Fedatto Augusto Mario Alves Silva Aurea Lucia de Medeiros Santos Aurelúcia Francisca dos Santos Aurian C Matos Auriclecia Lopes de Oliveira Aiura Aurilene Lopes Corrêa Ayrton Lima de Mello Barbosa Barbara a m silva Bárbara Brum Barbara Jorge da Silva Barbara Oliveira Barbara Renata Pereira Cruz Bartira Mota Menezes BARTOLOMEU MATOS FILHO Basilio C Nascimento Beatriz Alves Beatriz Aparecida dos Santos Machado Beatriz de Mello Marques Beatriz Freire Cavalcanti da Silva Beatriz Goncalves Beatriz Labruna Beatriz Lamounier sena Beatriz Perez Teixeira Beatriz Sposito Marçal Belém Dias Ben Hur Brito Vivian Benedito Ribeiro Bernadete BERNARDO Alcione Rodrigues CORREIA Bernardo Villar Bertha Elina de Oliveira Beto Souza Bettina Gonçalina Gomes Pedroso Ghelardi Bia Peppe Bianca Costa Mendes Bianca Maria Lima Freixo Bianca Pinheiro Bueno Brenda Moura Breno Fajardo Rodrigues Brígida Borges Bruce Carosini Bruna Alice Taveira de Lima Bruna Pelinca de Andrade Oliveira Bruno Alvarez Bruno Barreto Stutz Bruno Caldas Camerino Bruno Firme dos Santos Lucas Bruno Machado Souto Bruno Moreira Cabral Buca Dantas Camila Borges Camila Costa de Almeida Camila de Araujo Camila Ferreira Passareli Camila Henrique Santos Camila Lima Camila Lopes O. de Mello Camila Loureiro Carmel Candido Josadach Müller Santos Carla de Carvalho Carla Fajardo Carla mendes Carla Pavão Carla Pinagé Lopes de Lima Carla Shimokawa Carlos Alberto Baptista de Farias Carlos Alberto Cordeiro Carlos Alberto da Silva Carlos Alberto da Silva Moura Junior Carlos Alberto Mamede Frischenbruder Carlos Alberto Nova Filho Carlos Alberto Palharini Carlos Alberto Simões Carlos Alberto Victorasso Gouveia Carlos Alexandre Victorio Gonçalves Carlos Antonio Fragoso Guimarães Carlos Augusto Lima Moreira Carlos Bianchini Junior Carlos Campos Carlos Chaves Carlos Eduardo Gomes da Rocha Carlos Ferreira Carlos França Carlos Henrique Marques Carlos Henrique Parente Carlos Henrique Santos de Jesus Carlos José Winter Carlos Junior Carlos maia filho CARLOS MOISÉS RODRIGUES LIMA DE ALMEIDA Carlos Roberto de Messias Carmem Rodrigues Paulino Carmen Aparecida das Graças Perrira Carmen Rosângela Ferreira Carolina Carolina Abreu Carolina de Mattos Galvão Carolina Lima Cavalcanti de Albuquerque Carolina Peruca Caroline Cortelini Conceição Cassia Cristina Pacheco Ramos Cássia Cristina Pedroso Cassia Savicius Cassiana Andrade Silva Cassiana Ongaratto Pinto Cássio Fajardo Catarina Catarina Rosa Pampolha Bevilaqua Cecília Maria de Aquino Ribeiro Almeida Cecília Maria dos Santos Ramos Celeste Honório de Alencar Celi Maria Celi Regina da Cruz Célia Alves Araújo Célia Alves de Lima e Silva Celia Andrade Célia Fumagalli Portella Célia Regina chiquetto Gonçalves Celia Regina dos Santos Sánchez Prieto Célio César da Silva Célio Ricardo Celso Lúcio Teodoro Ceres Soares Gill Cerlene da Silva Machado César Augusto Queiroz Ferreira César Reis César Tucci Césio Rodrigo de Albuquerque Ximenes Charles G de Mello Charles Kelson Gomes de Aquino Charles Pierre Lacerda Alves Chavoso da USP (Thiago Torres) Chirley Barbosa Lucas Bilheo Christian Campos Dias Christian Francis Braga de Oliveira Soares Christiana Menezes Christiane Pinfildi Christine Santos Cibele Áurea Magalhães David Cibele Barros Indrusiak Cicero Marques Lima Cidicleia Lirio Cilda Simone Cíntia A Reis Fernandes da Cruz Cintia Aparecida Paschoal Cíntia Marriel Cíntia Rodrigues Ciro Caleb Barbosa Gomes Cjavert clara ribeiro Clarissa Dalan Clarissa Hernandes Maciel Clarissa Izabela Ferreira Neto Claudete Ribeiro de Araujo Claudevania Leal Costa Cláudia Claudia Damascena dos Santos Claudia Elisa Gomes Claudia Esperança Claudia Freitas Cláudia Lopes de Araújo CLAUDIA MARIA DOS REIS SANTOS Claudia Marinho Claudia Pimentel Claudia Rabelo da Cruz Cláudia Reis Claudia Rezende Claudia Rosana Gama de Assis Cláudia Silva Fernandes Ribeiro Claudia Soares Claudia Souza Claudia Sueli Duarte Lima Cláudia Valente de Oliveira Claudice Conceição Santos Claudilene Pereira de Souza Claudio Angelico Camargo Claudio Capato Claudio Ferreira Costa Claudio Tollin Cléber da Silva Oliveira Cleber Ferreira Cleidiane Olimpio da Silva Cleiton Luis Rezende Cabral Clelia Cleonice Elias Rodrigues Clésia Costa Cleunice Barros Faget Cleunice da Silva Cavalheiro Cleusa Gibertoni Cleydson Silveira da Cruz Cloves Araújo Nascimento Clóvis Junior Veiga Coletivo de Estudos Espiritismo e Justiça Social (Cejus) Constância Cremilda Trindade Porto Costa Contagem-MG Creuza Pereira Cris Moura Cristiane Denik Cristiane Dias Gaião Cristiane Fátima Ramalho Pereira Cristiane Henrique Santos Cristiane Lopes Alves Jardim Cristiane Pedrosa Cristiane Reimberg Cristiano Antunes Souza Cristina Lúcia de Barros Vianna Cristina Maia Cristina Maria das Dores Silva Cristina Sanguine Lima Cristina Targino Paiva Cristina Trintinella Padial Cristina Valadão Cynthia Lombardi Cynthia Miranda Pinto Cynthya Michelin Locatelli Daiane Requiao de Souza Cruz Daisy Costalima Fonseca Dalmo Gonçalves Machado Dalva de Souza Franco Dalva Gonçalves Machado da Rocha Daniel Daniel Bedoni Daniel Cardoso dos Santos Daniel de Figueiredo Daniel Marinho Daniel Neves De Araujo Daniel Oliveira Cardoso Daniel Souza de Oliveira Daniel Weiss Daniela Aparecida Falotico Daniela Aparecida Linhares da Silva Daniela Fantoni de Lima Alexandrino Daniela Freitas de Mattos Daniela Mariano Daniela Medeiros Guimarães Daniela Mergulhao Daniela Perez Daniela Santana dos Anjos Daniela Silvestre Daniele Costa de Almeida Correa Daniele Truculo Dias Daniella Corcioli A. Rocha Daniella Lilia de Castro e Cândido Daniella Luttiany Candido Danielle de Castilho Mello Santos Danielle de Melo Cardoso Danielle dos Santos Felex Danielle Morais Feitosa Danielle Nascimento Danielle Oliveira Danila Rogerio Silverio Danilo Arnaldo Briskievicz Danilo Siqueira Darlene Neves Gomes Darticleia Moreira da Silva Dauler Reynier Davi Tenório Cavalcante Silva David do Nascimento Amarante Dayana Monteiro Gomes Dayse Conceição Johnson Dayse magalhaes david Dea Chrystello Débora Castro Debora Cordeiro Brizolara Débora de Oliveira Samarino Débora Harumi S Morais Débora Maris Nogueira Deise Ferreira Brum Delma Botter Borba Leme Delma Crotti Delma Nunes Delmária Souza Oliveira Sampaio Demétrio Gonçalves Gomes Dener dos Santos Coelho Denilson de Camargo Mirim Denilson do carmo gouveia Denis Padilha Denise Denise cappi escudeiro Denise Cunha Denise de Oliveira Denise de Oliveira Guiglemeti Denise Grigolato Denise Macola Denise Radanovic Vieira Denise Raposo Franca Denys Romão Deolinda Dias Deolinda Emilia Ferreira Santana Deolinda Ribeiro da Silva Guardão Deraldo Elias dos Santos Desiderio Pires Silveira Deusa Maria Rodrigues Ilario Devaldo Lages Junior Diana Leiko Gomes Miura Diana Matos Viana Diderot Diego Guimarães de Freitas Diego Lima Diego Lucas Ariotti Polese Diego Mattos da Silva Dilza Tavares Diogo Campos de Lima Diogo de Pinho Lopes Diogo Maretti M. da Rocha Diorge Buss (Begê) Dirce Nara Moreira DIRLENE Dirlene Rubatino de Faria Divany Gomes dos Santos Djane Gomes Marquardt Djanir da luz Donarson Floriano Machado Dora Faria DORALINO FÁBIO MATOS DE SOUZA Doris Gandres Douglas Thá Júnior Dulcimar Martins de Oliveira Edenilson J Nascimento Edgar Celestino Gouveia Edgar Massaaki Egawa Edgardo R Prado Edilaine Senra das Graças Ediléia Edilene de Assis Pereira Edilene Rodrigues de Castro Edileusa Edinaldo barbosa spindola Edléia Ferreira Edma Romana de Souza Andrade Edmar Reis Thiengo Edmar Rodrigues Ferreira Edna Lopes Edna Lucia Edna Maia Edna Volkmann Siqueira EDNEIDE Campos David da Silva Édney Silva Mesquita Ednir Cleiton Dias Moreira Edson Carneiro Lopes Edson Raszl Eduardo Alberto Demétrio Mussi Eduardo Bartolomeu Luiz Nogueira Sá Pinto Eduardo Batista de Oliveira Eduardo Cézar Martins Ribeiro Eduardo Fernandes Pimenta Eduardo Monteiro Ladeira Eduardo Rodrigues de Carvalho Eduardo Serra Eduardo Versiani Eduardo Vieira de Mello Edvaldo Luis Zerlin Edvania Fantucci Edvar Maia de Medeiros Elaine Assis Elaine dos Santos Souza Barros Elaine M.Azevedo Elaine Mota Elaine Pinheiro de Faria Carvalho Elaine Pires Elaine Pontes Miranda Elane Oliveira do Nascimento Cordeiro Elder Rogério Cardoso Eleni Nizu Elenice Monteiro Elenita Seerig Eleny Reis da Silva Eleonora Beltrame Comucci Eliana de Cássia da Silva Eliana Maria Severino Donaio Ruiz Eliana moreira Eliana Ramos Ferreira Eliane Eliane de Freitas Lopes ELIANE ARAUJO NASCIMENTO Eliane Bonfim Eliane dos Santos Souza Eliane Fátima da Silva – Concordo plenamente. Assinado Eliane Lopes Eliane Santos Eliane Teixeira Eliani de Fátima Covem Queiroz Elias Elíede Costa de Souza Elinete Lourenço Rolim Elírci Ana Wieczorek Elisa Maria dos Anjos Elisa Teixeira Elisabete Monson Elisabete Sales Corrêa Elisabeth Rodrigues Senegalho Elisângela Baptista Elisangela Esteves Mendes Elisia Maria de Oliveira Elivando Nélio Silveira Elizabeth de Lima Mendonça Elizabeth de Oliveira Gonçalves Elizabeth Ferreira da Silva Elizabeth Mello Rodrigues Elizabeth Taveira Ramos Elizangela Cristina Dudicz Elizângela Lins Cavalcanti Pimentel Elizete watanabe Elvira Lima Barbosa Elzira Vanusa Oliveira Koski EMANOEL TAVARES COSTA EMMANUEL DE ANDRADE ALVES Emmanuel J S Rocha Enar Marilia Mussoi Eneise Maria Albergaria Rocha Eni Simões Enilda Trindade Borba Enilda Xavier Érica de Oliveira Gonelli Erica Patrícia Valim Teixeira Érica Rejane Suave Érica Tavares Érico Fabiano Ferreira Erika Veronika de Souza Manhães Ernesto Leal Estela Mary Nogueira Bahia Ester Santos Eu apoio a iniciativa Euclides Duarte Santos Euclides Medeiros Junior Eugênia Telhada Eugênio Pinheiro Chagas Eunice monteiro David Guimarães Euri Mendes de Oliveira Euricilda de Souza Prado Del Bel Belluz Euripia Basílio Simon Eva Fernandes Soares Evandro Oliva Evangelina de Oliveira Evanir Gonçalves da Silva Eveline Pravato Everaldo Costa EVERALDO DOS SANTOS SOUSA Everaldo Pereira Fabiana Biaziolli Fabiana Nogueira de Almeida Fabiana Pegoraro Soares Fabiana Silva Fabiana Silva de Almeida Fabiana Soares Amaro Bloes Fabiano Lange Salles Fabiano Morales Fábio Diório Fabio Mariano Fábio Marinho de Lima Fábio Martins Silva Sathler Fabio Nogueira de Campos Fábio Sá Mac Cord Fábio Santos Fabíola Germano Fabiola Maneschy de Azevedo Lemos FABRICIA CORDEIRO BARROSO Fabrício Augusto Menegon Fabrício Renê Albuquerque Sato Fatima Fátima Fátima Albuquerque Fatima Barreto lapinsalo Fatima Beatriz Maia Fatima Cristina de Oliveira Fatima de souza FATIMA GRAVE Fátima Lessa Fátima Pereira Fatima Tinoco Fco LEX BARKER Gomes Silva Felipe Felipe Cicotti gallesco Felipe dos Santos Senra Felipe Moreira de Oliveira Felipe Moreira Santos Fernanda Cibele Araújo de Oliveira Fernanda Cristina Dantas Fernanda de Oliveira Valle Reis Fernanda Miguel de Oliveira Fernanda Rabaneda Fernanda Souto Nieto Fernanda Yumi Rossetto Fukumoto Fernando José Fernando José da Silva FERNANDO LEAL Fernando Luís Costa Lemos Fernando Matheus de Carvalho dos Santos Fernando Mirancos da Cunha Fernando Mundim Veloso Fernando Rodrigues Fillipe de Mendonça Correia Fillipe Perantoni Flaldemir Sant’Anna de Abreu Flávia Beatrix Grande Pancini Flávia Cristina Gabrioti Pires de Oliveira Camarini Moura Flávia da Rocha Flávia da Silva Mariani Flavia HUREMOVIC Flavia Lima Monteiro Flávia Maciel de Almeida Flavia Montenegro Gilsoul Flávia Nogueira Flávia Pereira Flávia Roberta Candido Flávia Rodrigues Flávia Sueli Nunes Lúcio Bravieira Flávio Bertuzzi Abs da Cruz Flavio Brega Flavio Labruna Flavio Mussa Tavares Flávio Santos Flavio Soares da Cunha Franciele da Costa Silva Francilea Vieira Nunes Francisca Cecília Alves de Sousa Francisco Antonio Pontes FRANCISCO CLEITON GONDIM Francisco de Assis Gonçalves de Santana Francisco de Assis Vieira Cordeiro Francisco Madureira Francisco Navarro Júnior Francisco Paulo Chaimsohn Francisco tirone Franney Oliveira FRED SEKKEL Gabriel Gabriela Gabriela Barbosa Macedo Gean Luiz Martins Geanderson J. Sander GEDECI FELIPPE BOM GOSTO DOS SANTOS Geiza do Carmo Gelisa Geneci Costa Geórgia de Oliveira Assunção Geórgia ramos cascao Georgius Gabriel de Lima Roberto Geovana Muniz Geovana Soares Gepherson Macêdo Espínola Geraldo Brasil Silverio Geraldo Brito de Oliveira Geraldo Horta Geraldo Oliveira Aragão Geraldo Velloso Gerlayne Aparecida da Silva Germano S. Neto Gerson de souza Gerson Yamin GERUSA P A TAVARES Géssyca Chagas Gomes Gezo Gomes de Oliveira Gianmarco Loures Ferreira Gianne Maravalhas Gicelia Maria da Silva Mora Sanches Alvarenga Gilberd Araújo Soares Gilberto Artero Ramos Filho Gilberto Barizon Gilceli Luci Marques Volotão Gildazio Rodrigues Cerqueira Gildo da Rocha Gilvanda Silva Nunes Gilza Maria Gina Dantas Giovana Cristina Pomin Giovanna Oliveira Maikher Gisa Pontes Giseanne Miguel Albuquerque Giselda Dias Souza Borges Gisele Gisele da Costa Mayer Gisele Farias Giselia Maria Silva Ferreira de Araújo Gisély de Abrêu Corrêa GISILENE LIMA MAIA GISLÂINE PROTÁSIO Gisleine Sanches Glauber Barros Alves Costa Glauber Carvalho Gláucia Costa Glauco Corsini Pagani Glauco Ribeiro de Souza Gonzalo Ortega Carpio Graça Machado Grupo de Estudos Espíritas Herculano Pires Caxias do Sul Guilherme de Melo Sarmento Filho Guilherme Dornelas Camara Guilherme Fillipe Gomes Borba Guilherme Henrique Nogueira Petraccone Gustavo Dutra Gustavo Teixeira Ramos Guy Benchimol de Veloso Haedi Hamilton de Paula Duarte HARLEN BARREIRA MANHÃES Havilson Peixoto Mascarenhas Hayana Alves Costa Sampaio Heitor Ortolan Nonno Helcio dos Santos Rodrigues Helen Loguercio Leite Helena Cristina Cecilio Bebiano Helena de Ornellas Sivieri Pereira Helena Guerino Helena Maria de Oliveira Porto Helia Isolene Volkmann Helia Nara Couto Bosi Heliana Rosa Dometh Helio Helio Carvalho Madruga Helio Leony Helio Luiz Leony Filho Hellen Cano Heloisa Goudel Heloisa Helena Barbosa Canali Heloísa Helena Dias dos Santos Heloísa Maria Alves de Oliveira Heloísa Rita Hendrik Jacob Luyten Henrique Oliveira Heracleia Campos de Souza Hercilio da silva oliveira Hercio Leite Nóbrega Filho HERCULES CUNHA Heriberto de Lima Hilda Mussa Tavares Hilda Sathler Hilton dominczak Honey Karina Godoy Coelho Mascarenhas HOSANA MARIA DIAS DE SOUSA. Hugo Napoleão Britto Farias Humberto de Almeida Maciel Humberto Lucio Hygor Mendes da Silva Iara Iara Almeida iara elizabet gralha schild Iara Lourenço de Melo Iara Rosa Iara Santos Luz Iberaci Freitas Dutra Idilberto de Almeida Idma de Macêdo Sena Igualdade e justiça!!! Ilana felipe barros soares Ilara Maria culpo Ildete Figueiredo Ilton Conceição de Lima Inês Bispo Nogueira Inês Maria de Jesus Briskiewicz Inge Christmann Ingrid Cássia Ferreira Lima Ingrid Emmanuelle Braga e Silva Ingridy Santos Lopes Iolanda Iolanda Calado do Sacramento Santos Ione Oliveira Ione Soares Ione V. Vivian Iracema Faria Daolio Iracema regina Iracema Ribeiro Soares Iracy Cristina de Lima Ferraz Iran Gonçalves Vieira Filho Irandi Gomes da Silva Iranilda Pereira Silva Iraponira Siqueira Irene de Carvalho Pereira IRIMAR Íris Oliveira Irismã Oliveira da Silva Irma Benate Irma Cavin Isa Duilia Bakri Isabel Cristina de Andrade Isabel Cristina Melo do Nascimento Isabel Lira Isabel Palumbo Isabela Isabela Gouvêa Mendanha Isabella Martins Cotting Isabelle Akemi Costa Kida Isabelle Barros da Silva Isabelle milet crocia Isamara Hornes Duarte Isamara Milanez Isilda maria de Oliveira Isilda Sueli Andreolli Mira de Assumpção Isis Miranda Baruffaldi Ismênia Maciel Cunha Alves Isolde Schmidt Fraga Itacir Luchtemberg Ítalo Aquino de Pinho Iuri da Silva Bernardes Ivan Quoos Ivan Teixeira da Silva Ivana do Nascimento da Silva Ivanda Ivanicy Jerônimo da Silva Ivanildo de Jesus Moreira Sousa Iverly Franco Ivete Cardoso Roldao Izabel França de Lima Izabel França de Lima Izabel Poglia Izavani Rosa dos Reis Jacira J Silva Jackson Gomes Pinto Jacqueline Do Amaral Belmonte Jacqueline Silva Cecílio Jacyta Baracho de Oliveira Araujo Jailson Damasceno Bezerra Jair Santos Jairo Selles Jaldete Abranches Silva Jamil Gustavo Félix Guimarães Jamyra Iglesias Cataldo Janaina Moreira da Silva Janaina velasques stone Janderson Brendo Filgueira Santana JANDIRA CANDIDO DA SILVA Jandirene Caminha de Moura Jandyra Abranches Jane da Silva Guedes Jane de Andrade Cunha Jane de Oliveira Santos Jane Domingos Dos Santos JANE LÚCIA LAMBLET COSTA Janes Neves Janete Berdet Janete de Oliveira Reis Jânia Janiane Saueressig Jânio dos Santos Dutra. Jany Santos Jaqueline Alves Jaqueline Josi Samá Rodrigues Jaqueline Nunes Jarlene Mary da Silva Medeiros Jean Carlos Farias Jean Maikon Jean Silva Jeanny Gibson de Freitas Jefferson Ajala Gonçalves Jefferson Lopes Jennifer Mendes Martins Jeovany Guimarães Jeriel Jerry Fernandes de Souza Jessica Jéssica Alves Teixeira Jessica Fernanda Silva Marques Joana Abranches Joana Cristina da Silva Joanice Joanira Lisboa Joanna de Ângelis Lima Roberto João Antonio Gomes Tavares Joao Artur Ott Cardoso. João Aureliano Fernandes filho João Barbosa JOÃO BATISTA PONTES João Bezerra da Silva Jr João Bosco da Silveira Vidal João Carlos Lima da Cruz João Damasio da Silva Neto João Gonçalves Afonso Filho João Guidas João Henrique Lima João jose dos Santos João Luiz João Luiz Wariss de Araújo João Marcelo Joao Marcos João Paulo Machado João Paulo Ramos de Almeida Silva João Sérgio Vasconcelos Firmino joao wildes caetano Joaquim Alves Neto Jodonai Barbosa da Silva Joel Faermann Joelma Dutra Mendes Macedo Joelma Maria Gonçalves Rolim JOÉSIA CARDOSO HENRIQUE Jógerson Pinto Gomes Pereira Joicy A.P. Santos Joluilda Maranhão JOMAR DE SIQUEIRA COSTA JUNIOR Jonas de Castro Leite Junior Jordan Alencar Jorge Bichuetti Jorge Hage Jorge Luiz de Oliveira Jorge Luiz Silva Jorge nassif Haddad acabar Jorge Ramos Jorge Vieira Josane Cristina Batista Santos José Alberto Pereira JOSÉ ANTÔNIO CORREIA Jose Aurimar dos Santos Angelim José Carlos de Oliveira José Cauhy Neto José Dantas Neto José de Arimatéa Sousa Braz José de Oliveira Guimarães José Edmar Reis de Matos Jose Eduardo da Silva José Everaldo da Matta Pinto Jose Furtado Dias José Gomes da Silva Jose Joaquim Viana Sanches Jose luis leal José Luiz Cordeiro Antunes José Luiz Ferreira da Trindade Jose Luiz Neto Jose Manoel de Castilho José Marcos Viegas Rocha José Martins dos Santos José Mateus De Araújo Silva José Nicolau Gregorin Filho José Prudente dos Santos José Risomar da Silva José Roberto Batista José Rodrigues cidreira José Romão Trigo de Aguiar José Tavares Bezerra Júnior Josefa Vânia da costa colatino Joselma de Vasconcelos Mendes Josinelia Rita Sales Pinheiro Josué Murilo Joubert da Silva Meneses Joyce Duarte Joyce Farias Juan Facundo Sarmiento Juarez Tamanini JUBA MARIA Juçara Juçara Silva Volpato Juciaria Jufar Esteves dos Santos Julia da Silva Pereira Julia Seixas Ruas Julia Teixeira JULIANA Juliana Castro Juliana de Oliveira Juliana de Souza Ramos Juliana Dionisio Juliana dos Santos Juliana Ferreira de Sousa Juliana Fonsêca do Vale Juliana Gonçalves de Sousa Juliana Rocha Tavares Juliano Scrignoli Julie Rangel Sivilha Juliene Silva Vasconcelos Júlio Araújo Julio Cesar Azevedo Trindade Júlio César Moreira da Silva Julio Cesar Souza Godinho Júlio Cezar de Sá Júlio Sérgio da Silva Júnior da Paz Junot Lessa Juracimar Soares Pavão Juscileide da Luz Gama Jussara Cirne de Azevedo Pereira Jussara dos Santos Lourenço Jussara Magalhães Pinto Jussara marians Jussara Moore de Figueiredo Justina Maria Gagero Ferreira Jutui Francisco de Souza Juvan de Souza Neto Karem Soares Karenina Bispo Karin Rosane Schneider Karina ferreira lopes Karina Jeanne de Castro Lins Karina regufi soares Karla Nogueira Karla Siqueira Karyna Christiane de Carvalho Pereira Ozório Kassandra Mendonça Kate Moreira Kathiwsca Silva Katia Arilha Fiorentino Nanci Kátia Cilene Fernandes da Silva Kátia David Katia Ewerton Galliac Kátia Hermann Oliveira Katia Maciel Garcia Katia maltaroli Katia Maria Brinco Kátia Maria de Medeiros Katia Maria dos Santos Katia Miccolis Katia Oliveira KATIA PAMPLONA DE BRITO Katia Ramos Katia Raquel da Silva Grasso Katia Rodrigues Kátia santos Katia Santos de Sousa Katia Silva Katiane Lima Katya Carvalho Alexandre Almeida Keila Alves Freitas Keilah Diniz Kelle Dantas Kelly Cristina Dias de Barros Santana Kelly Saturno Martins Kenia Maria dos Santos Amaral Keyla Kenya Ribeiro Pacheco Kléber José Clemente dos Santos Kristiane Doria Laianne Freire Laís Lessa Laressa Benevenuto Larissa Catharine Pereira de Oliveira Larissa Moretti Blanco Larissa Ramos Larissa Rodrigues Parente Laudicéia Trindade Porto Laura França Laura Rodrigues Laura Tatiana Layla Dantas Lea Bressy Amorim Leandro Leandro Carlos Oliveira Sales Leandro Daumas Leandro de Carvalho Freixo Leandro Gianotti Leandro Piazzon Corrêa Leandro Teofilo de Brito Leany Queiroz LedaSetubal Leila del giudice de andrada Leila Ferraz Leila Maria Guimarães Saldanha Leila Maria Vicença Leila Pereira Leilah Ribeiro de Miranda Garcia Leilton Lima Leli pereira da chagas Lelia Moreira Ribeiro Lelia Vucovix Leliane Felisbina da Cruz Silva Lenir Gomes Ximenes Leonardo de Souza Fonseca Leonardo Tinoco Leonor Cristina de Fátima Fischer Leonor Lima Leonor ontivero Leslie Lesliê Lopes Sallas Letícia Paes Segato Letícia Queiroz de Carvalho Liah Jonnes’ Libertá Ana Maria José Lício Marcos de Oliveira Lidia Ritsuko Matsubara Lidiana Barreto Lidiane Azevedo Lidiane Barros Lídice Almeida Arlego Paraguassú Liége Lilia Petrocelli Liliam Bruno Benichio Lilian Gavioli Guerra do Nascimento Lilian Hortencia Carvalho Lilian Oliveira Lilian Renata Ferraz Patrício Lilian Valviesse de Oliveira Lilian Vieira da Silva Rosa Lisandro Runge Lisete Jaehn Lisle Heusi de Lucena Livia Cirne de Azevedo Pereira Livia de Souza Marinho Lívia Garcia Silveira Lívia Lamblet Heatherly Livia Maria de Carvalho Lívia Suzelle da Silva Barbosa Lívio Lima Lizandro Santos de Oliveira Lizangela Aquino Lize Nascimento Lizete Rezende Airao Lorena Fróio Lorici kuhn Corsi Lourival de Souza Silva Lucas Lucas Gomes Lucas Machado Lucas Pessoa Marretto Lucas Silveira Magalhães Lucas T. C. Lucas Xavier Anselmo Lucasmarielcarvalho@gmail.com Lucelia Ribeiro Pacheco Lúcia Lucia Ap da Silva Alves Lúcia Barbosa Ximenes Lucia Cristina Oliveira Nascimento Lúcia Helena Amaral Ibarra de Almeida Lúcia L. Sena Lúcia Machado Lúcia Martins Pereira Lima Lúcia Regina Ibanes Lucia Rossetto Fukumoto Lucia São Thiago da Costa Pereira Luciana Luciana Luciana Athayde Bragiola Luciana Balbino da Cruz Nunes Luciana Batista de Lima Luciana Carreiro Luciana Carvalho Cruz Luciana Curtiss Luciana de Freitas Valle Luciana de Oliveira Pereira Luciana do Espírito Santo Luciana Ferreira Goulart Luciana Freitas de Souza Luciana Guinancio Luciana Lindinger LUCIANA MEIRELES MACKEVICIUS Luciana Novaes V batista Luciana pereira clabonde Luciana Pontieri de Oliveira Luciana Ribeiro Luciana Ribeiro da Silva Luciana Soares Amaro Caldana Luciana Volpato Luciane Cardoso de Melo Santos Luciane Nunes dos Santos Luciano Braga de Moraes Luciano Teixeira Rocha Luciene Fernandez Monteiro Pereira Lucimar Borba Ferreira Lucimar Cardoso de Araújo Costa Lucimar de Castro Costa Lucimar dos Santos Lino Lucimar gomes de brito Lucimar rosa da fonseca Lucimara Lucimara dos Santos Canalli Lucinda Bezerra Lucineide Bernadete da Costa Lucineide Lopes Gomes da Silva Lucio Flávio Quadros do Couto Lucivaldo Alves Ferreira Ludimila Argôlo Ludimila Stival Cardoso Ludmila Sales Ludwig Larré Luis Antonio Marques Luís Antônio Rodrigues Luís Fernando C. Loureiro Luís Ponzi Luisa de Moraes Luisa freitss Luísa L. M. e Silva Luiz Antonio Silva Luiz C Millecco Luiz Carlo de Jesus Carvalho Luiz Carlos Altieri Luiz Carlos Ferreira Alves LUIZ CARLOS MATHIAS Luiz Eduardo da Silva Luiz Everardo Muezerie Luiz Fernando da Silva Luiz Fernando de Lemos Barroso Luiz Fernando Mello Luiz Fernando Mokwa Luiz Fernando Q. Rosin Luiz Ferreira Luiz G Gelioli Luiz Gilberto Gay Serpa Daiello Luiz Guilherme Nascimento Cardoso Luiz Gustavo Oliveira dos Santos Luiz Henirique Alves Pinto Luiz Henrique Giesbrecht Carreira Luiz Ricardo da Silva Araujo Luiz Signates Luiz Souza Lula 2022 Lula não Luzia Aparecida Ferreira-Lia Luzia Ayrles Maia Viana Luzia Carneiro Rodrigues de Pontes Luziete Maria da Silva Dal Poggetto Luzimar Cezar Pinto Luzimar de Moura Rolim Luzineide Lobato Luzivaldo Reis Lopes Lylia Afonso Madalena Silva Madu Deffune Mágino Lara Magnólia Caldas Magomonte Varela Xavier Maíra Bárbara Costa Barreto Maira Coelho Silva Maisa Maisa Aparecida de Lima Manuela de Araújo Batista Mara Rejane Andrade das Chagas Marcela Emiliana Teixeira Vilar Marcele Barreto Marcelle Eluana do Prado Leão Marcelo Alves Teixeira Marcelo Barreto Turra Marcelo Beneti MARCELO DE PAULA Marcelo Henrique Marcelo Martinez Marcelo Monteiro de Melo Marcelo Parreira Marcelo prest Marcelo Seidel Fiorotti Márcia Almeida Pereira Márcia Andreia Cunha Caminha Márcia Aparecida de Oliveira Neves Marcia Augusto Barroso Marcia Baptista Márcia Cabral de Oliveira Márcia Coelho Marcia Cristina Fernandes Coelho Márcia Cristina Ferreira Márcia Del Monaco Márcia Edite Sedrez Márcia Fernandes Torres Marcia Ferreira Márcia Gilardino Márcia Lucena Márcia Lúcia Silveira Ramos Silva Márcia Mendes Marcia Neiva Câmara Rodrigues Márcia Pinheiro Ferreira Marcia Rahabani Elias Márcia Regina Barreto Viana Marcia Regina Lima Morgado Márcia Soares Pena Marcial da Silva Fernandes Marcílio Inocêncio Fernandes Júnior Márcio Coelho Marcio Erik Balbino da Silva Márcio Henrique Alves Wanderley MARCIO Ney Cachula Márcio Rivas da Silva Marcio Sales Saraiva Marciomar Pires dê Castro Marcius Augustus Aum Patrizi Marco Antônio Henrique Machado Marco Aurélio Florencio de Melo Marco Aurélio Gaspar Marco Prieto Marco Rezende Marco Túlio Dias do Prado Marcos MARCOS ANTONIO FONSECA FOIS Marcos Antônio Martins Pereira Marcos Bentes Marcos César Carvalho da Silva Marcos Ferreira Costa Marcos Martins da Costa Marcos Moreira Marques Marcus Gandolfi Marcus Nilton Donato Vasconcelos Marcus Vinicius Fragale Marcus Vinicius Petruccio urago Margarete Ferreira Margareth dos Santos Aires Margareth Hernandes Margarida Montejano Maria Maria Maria A Valentim Maria Adelaide de M.Camargo Maria Alice Bertoldi Maria Amália Chaves Ceotto Maria Amélia César da Silva Maria Amélia Solci Maria Angela Paraíso Rocha Maria Angelica Alberto do Espírito Santo Maria Angelica da Costa Pereira maria angelica Simioni Lazzaris Maria Antônia Mourão Barbosa Fonseca Maria Aparecida Batista Sposito Maria Aparecida da Rocha Maria Aparecida da Silva Alcantara Maria Aparecida Dallari Guirelli Maria Aparecida de Assis Maria Aparecida dos Santos Longo Maria Aparecida Figueredo Maria Aparecida Mattos de Carvalho Maria Aparecida Melo Maria Aparecida Miranda da Silva Maria Auxiliadora da silva Maria Auxiliadora de Almeida Barros Maria Beatriz Villas Boas de Moraes Maria Bernadette Fidelis Maria C.Fiirato Maria Carla Rodrigues Pereira Maria Carmelita Lúcio Maria Carmen de Oliveira Albert Maria Carmen Versiani Velloso Maria Carolina Urizzi Maria Carolina Viccari de Oliveira Maria Cecilia M P da Costa Maria Cecília Pacheco Ramos Maria Cecilia Radetic Maria Célia Carneiro Werneck Maria Cibele Moreira Pinto Maria Clara Barbosa do Carmo maria clara teodoro Maria Clariça Ribeiro Guimarães Maria Cláudia de Rezende Silveira Maria Conceição Gomes Maria Cristina Aguiar Maria Cristina Ferreira Maria Cristina Ferreira Menescal Conde Maria Cristina Ramos Labruna Maria Cristina Rivé Maria Cristina Simioni MARIA CRISTINA SOLCI Maria Cristina Vianna de Giácomo Maria da conceição Maria da Conceição Vieira Maria da Glória Campos da Silva Maria da Glória Marcelino Rial Maria da Graça da Silva Paranhos Maria da Graça Sampaio Pretti Maria da Guia Canuto de Moraes Maria da Penha da Silva Araújo Maria da Piedade Oliveira Maria Damaia Maria das Dores Pacheco Silva Maria das Graças Costa da Silva Maria das graças fernsndes ramos Maria das Graças Gomes de Barros Maria das Graças Maciel Maria das Graças Medeiros Guimarães Maria das Graças Sena Maria de Fátima Maria de Fatima Albuquerque Maria de Fátima da Silva Maria de Fatima Egler Frota Maria de Fátima Garcia Valadão Maria de Fátima M. Alves María de Fátima Marcellino Maria de Fátima Marcelos Maria de Fátima Monteiro Pereira Maria do Amparo Araujo de Moura Maria do Carmo Petraglia Maria do Carmo Ribeiro Leal Silva Maria do Carmo Squilasse Maria do socorro Barbosa Benicio Maria do Socorro Durand Viggiano MARIA DO SOCORRO LUCENA DA NÓBREGA Maria Dolores Carvalho Coutinho Maria Donizeti Fortini Maria dos Anjos Bittencourt Murta Maria Durcelina Barcelos Giordani MARIA ELENA GOMES Maria Elioneide de Araújo Cabral Maria Eliza de Vasconcelos Silva Maria Emilia de Barros e Silva Maria Eunice Rocha Vale Maria Fernanda Costa Leite Maria Filomena Nóbrega Spinelli Maria Filomena Viana Duarte Maria Gabriella Britto Monteiro Sousa Maria Georgina de Melo Maria Giselle Mota Araújo Maria Guimarães Morais Maria Helena Casavechia Maria Helena Giesbrecht Carreira Maria Helena Prochoroff Castanheira Maria Heloisa Guadagnini Maria Inês de Lima Nassor Maria Inês de Oliveira Rocha Maria Isabel Hortencio Maria Isabel Martines Maria Izabel da Silva Maria Jéssica Freitas Brito de souza Maria Leidiselma do Nascimento María Lúcia Abreu Maria Lúcia Carvalho Damy Maria Lucia Colino Maria Lúcia de Freitas Maria Lúcia de Sousa Maria Lucia do Carmo Dias Maria Lúcia Lessa Amaral MARIA LUCIA SCHENBERG Maria Luciene Silva Maria Luiza Cezar Borges Maria Luiza Kohler Maria Madalena Dornelas Soares Maria Magaly Marques de Campos Carneiro Maria Márcia Pagliarini Maria Margarida de Oliveira Machado Maria Marli de Almeida Maria Martins Maria Meimei Queiroz Tenório Maria Mesquita Araújo Pessuto Maria Nazare Calil Maria Olívia Chiarella Ornelas de Mello Maria Penha de Sousa Figueiroa Maria Percíncula Leite Lima Maria Regina Denardin Visentini Maria Renata Souza Libois Maria Rita Py Dutra Maria Sonia Silva de Souza Maria Teresa Nunes Maria Tereza Leal Gomes Maria Thereza Albach Maria Thereza Teixeira da Silva Maria Valdete Leite Maria Vissirini Maria Vitória de Albuquerque Gomes Mariana do Amaral de Campos MARIANA LEITE REIS Mariana Miguel Cavalcanti Mariana Moura Silva Mariana Peres Mariana Rangel Alves de Souza Mariana Tamos Bezerra Mariana Teixeira Mariana Zaninelli Cordeiro Tiepo Mariane Caraça Mariane Tavares Marianne Lima de Araújo Maricleide Galdino Paiva Marieli Santana Marilda Mariléia Tenório Dionísio Marilene Custódio Marilene Leite Symanski Marili Marília Carvalho Marília Dornas Marilia Farias Marilia Freire da Silva Marilu Oliveira Marina da Silva Sousa Marina de Siqueira Marina Elisa de Ramos Marina França Marina Moraes de Castro MARINALVA GOMES ALVES Marinalva Santos da Cruz Marineide Farias Marinélia Simões Silva Marinete Malva Mario Almeida Mário Joanoni Mário Luis Ferreira Borges Mario Sergio Mário Sergio Oliveira Fontes Marion Maris Georgina da Silva Ribeiro Marisa Pontes de Faria Castro Marisa Rios Guimarães Lopes Maristela Berwanger Maristelly de Vasconcelos Carvalho Marivalda S. Santos Mariza Oliveira do Carmo Marizilda Marleide de Oliveira Marlene Batista da Silva Marlene Bier Marlene Maria Marlene Maria de Carvalho Marlene Pitarello Marli Furtado da Rocha Marli Lopes da Costa Souza Marly Corrêa MARLY R RIBEIRO Marly S. de Oliveira Diniz Marta Maia Marta Rocha Andrade Almeida de Miranda Marta santos garcia Marta Watanabe Marta Zelia Martha Fortuna Pereira Bastos Martha Novis Mary Lúcia Rodrigues Evaristo Mary Rabelo Maryanne Saraiva e Silva Maryse Aparecida Cruz Menezes Marysia M.R. Prado De Carlo Mateus Moretto Matheus de Arruda Bastos Mauricio Maurício Coelho Mauricio de Campos Moreira Lima Maurício Orestes Toledo Mauricio Zanolini Maurina Souza Santos Maurisia Barbosa Teixeira Mauro Lúcio Ferreira Mauro Pereira Diniz Mauro Sergio Vianello Pinto Mayra Garcia Bezerra Maysa Bernardino Meiritânia Xavier Alencar Meline Altheman Melissa Alves Melissa de Andrade Arantes Mercia Alice Mércia Gomes Messias Ari de Andrade Michele Pereira de Souza da Fonseca Michelle Michelle Aparecida dos Santos Michelle Machado Michelle Neves da Silva Michelle Precioso Figueiredo Alves Michiel Meijer Mila Melo Milana Cristina Santos Barboza Gonçalves milton takemi Mira Silva Miriam Miriam Benigna Lessa Dias Miriam de Assis Costa Miriam Fernandes Miriam MoemaLoss Miriam Tafarello Mirian Silva Mirian Soares Santos Mirna Galesco Dias Mirza Seabra Toschi Misael Ferreira Gomes Moacir Maciel dos Santos Junior Moacir Santos Mônica N. Gonçalves Mônica Andrade Mônica Cardoso de Lima Monica de França Mônica de Souza Rocha Barbosa de Mônica Geick da Fonseca e Silva Monica Gomes Mônica Letícia Oliveira Dos Santos Mônica Maria Barbosa Leiva de Luca Monica Melo Mônica P. Campos Mônica Queiroz de Freitas Monica Ribeiro Martins Pereira Monica Santos Fernandes Monique Carvalho Monique monteiro de Assis Mylene Cristina Santiago Nádia de Oliveira Samarino Nádia de Souza Santos. Nádia Vieira Nadja Vilela dos Santos Nadjanara Avila Amador Nailda da Siva Meigre Nair Camarinho Nair Heloisa Bicalho de Sousa Nalu Cristina Massei Canova Nanci do Nascimento Martins Filha Nancy faria Nancy Maria Magalhães Nunes . Natalia Natalia Batista de Moraes Natália de Oliveira Samarino Natalia Maia Costa Natália Paganini Pontes de Faria Castro Natalina Tinoco Nataly Costa de Oliveira Natane Garcia Ferreira Nayene Ponte do Carmo NAZIRA Neide Jurie Severo Neilanza Micas Coe Neire Daniele de Araújo Costa Neli Neli Cristina Ramos Fidelis Camargo Neli da Silva Gomes Nelísia Maria Castelo Branco Borges Nelma Aparecida Daniel de Oliveira Nelma Guerra makawee. Nelson Ladislau da Silva Nelson Santos Nélson Serathiuk Nelson Soares Neuma Dantas Neusa Quesada Rodrigues Neusa Rainieri Néventon Vargas Nícolas Dib Bernardes de Freitas Nicolle Briquet Nilson dos santos Teixeira Junior Nilson Vieira do Nascimento Junior Nilva Baptista de carvalho Nilza Nivaldo da Silva Nivea Maria da Silva Andrade Nivia Cláudia Leonardo Noemia de Souza Norma Odeneas Fernandes de Oliveira Odete dos Santos Odila Smaneoto Odilon Antonio Menegusso Olga Coutinho OLGA MARIA SERRA DA SILVA Olga Michalzeszen Olinda Olinda Maria Machado de Souza Branco OLIVAR PADOVANI Olivia Rangel Olívia Trindade ONILTON CARVALHO BARBOSA Orison Marden Bandeira de Melo Júnior Orlando Antunes Nogueira Orlando César Osmar marthi filho Otaviano Clementino de Oliveira Otaviano Lage Otavio araujo filho Otavio Soares Otelino da Silva Pinto Otília Maria Rodrigues Pessoa Paloma Maria Oliveira da Silva Palowa Mendes Patricia Alves Flores Patrícia Bueker Gouveia Patrícia Cossini Nogueira Patrícia de Oliveira Patrícia de Oliveira Patricia Faermann Patrícia Fernandes Reis Patricia Finoti Quessada Patricia Gomes Carneiro Patrícia malite imperato Patrícia Maria da Silva Patricia Mendonça Patricia Milani Patrícia Pacheco Xavier da Silva Valente Patrícia Perpétuo Patrícia Santos Vieira Patrícia silva Paula Beatriz Carvalho de Moura Paula Bueker Gouveia Paula de Mesquita Spinola Paula Ediane Pompeu de Brito Paula Faria Paula Klemig Paula Maria Franco Paula Regina Araújo Nascimento Paulinho Oliveira Paulo Barrios Paulo Casasanta Paulo Cesar Correa de Carvalho Paulo Dalla mora esquerdo Paulo De Carlo Paulo de Macedo Paulo de Tarso Celebrone Paulo de Tarso Júnior Bezerra Paulo F da Silva Paulo Fernandes neto Paulo Jorge Paulo Lotário Junges Paulo Madeira Paulo Neves Bonow Paulo R G Nogueira Paulo Ricardo do Canto Capela PAulo Roberto Gomes de Andrade Paulo Roberto Leite Barreto Paulo Rosa Paulo Sergio de Andrades PauloSilvaCaldas Pedro Guimarães Santos. Pedro Luís de Almeida Lourenço Pedro Luiz de Castro Figueiredo Pedro Rocha Tavares Pensilvânio P de Oliveira PERCIVAL DE SOUZA Petrônio de Oliveira Bastos Júnior Pierangela Rosa Maria Corbetta Plinio de Luca Poliana Oliveira de Almeida Priscila do Carmo Bruno da Costa Priscila Gregorio Pires Priscila Lopes Priscila Silva Onofre Priscila Souza Mangano Pacheco Priscila Thais Pereira Rafael Bitu Rafael de Oliveira Barizan Rafael Dos Santos Guimarães Rafael Engel Gomes Rafael Hofstätter Azambuja Rafael Santana Rafael Soares Nascimento Rafael Van Erven Ludolf Rafaela Avanzi Melo Monteiro se Rafaela Barbosa Lopes Raianne Negreiros Santos Raimundo Alves filho Raimundo F S Filho Raimundo José Ramos Freire Raimundo Sales de Santana Sobrinho Raíssa de Oliveira Costa Raíssa Fidelis de Borges Ramiro Silva Nascimento Raphael Jota Raquel Cristina dos Santos Raquel de Jesus Libório RAQUEL LOPES SABBAS Raquel Marçal Silva Raquel Monti Henkin Raquel Pimenta Raquel Rodrigues Raquel Santos Raquel.Cristina Pereira Mina Raul Assis da Rocha Passos Rayanna Kotzent dos Santos RAYMUNDO N M DOS SANTOS Rebecca Samara Fidelis Régia Lúcia Regiane A Dionísio Regiane Aparecida Basso Regih Silva Regina Beatris Barreto Ilha Regina Carneiro Regina Celi Moreira Basílio Zandonadi Regina Célia Barros Viana de Oliveira Regina Célia Ferreira Calil Regina Claudia Garcia Oliveira Regina Dalva Ferreira Regina Gubert Regina Lúcia dos Santos Silva Regina Lucia Freitas dos Santos Regina Lucia Gadioli dos Santos Regina Lúcia Vieira da Rocha Regina M. Holanda de Mendonça Regina Maura Maschio Fioravanti Regina Maura Tomaz Regina Nogueira REGINA POLYCARPO Regina Quentel Reginaldo Muniz Barreto Reinaldo Rodrigues Reinaldo Scarponi Rejane Rejane Leal Keller Rejane Rosa Ribeiro Renan Renan Coelho Mesquita Renata Renata Abranches Renata Affonso Renata Alves Rodrigues Marchiori Renata Badaró Romualdo Renata da Costa Ferraz Renata de Oliveira Matos Renata Ferreira Fogaça Renata Silva de Medeiros Renata Viel Renato Renato Apolinario Francisco Renato José de Oliveira Mendes Renato Lira Renato Lourenço Mayrink Sobrinho Renato Rampazzo Renato Savalli Renilci de Freitas Lopes Renileide Bispo Gomes de Souza Rhadija Amaral Ricaline da Costa Ricardo Leal Cougo Ricardo Luis Thomé Ricardo Pena ricardo perez Ricardo Seabra Ridelson Carneiro e Silva Rilza da costa tourinho gomes RINALDO CARDOSO DA SILVA Rita Andrade Rita Aparecida Rodrigues Rita de Cássia Caramez Rita de Cássia dos Santos Camisolão Rita de Cássia Gomes Frugoli Rita de Cassia Moreira Rita de Cássia Teixeira Sales Rita de Cassia Vieira Borges Rita Maynart Rita Silva de Carvalho Rita Simões Rítalo Rivan Salvador Aguiar Roberio Fonseca Roberta Bastos Pereira Roberta da Mota Pereira Mesa Marquez Roberta dos Santos Gregório Neves Roberto Bittencourt Roberto Campos Rito Roberto Carlos Olimpio de Oliveira Roberto Colombo Roberto da Rocha Roberto Gomes Carvalho Roberto Leandro dos Santos ROBERTO LOPES DE ALMEIDA Roberto Melo Roberto Prado Roberto Teixeira Luz Roberto Viana Robson Carlos de Assis Robson Carneiro da Silva Robson F. Barbosa Rodney Malveira da Silva Rodolfo Schulthais Lima Rodolfo walter da Silva Garcia Rodrigo Rodrigo Almeida Alves Rodrigo Calo Silva Rodrigo de Godoi Rodrigo Duran Rodrigo Furlan Lourenço Rodrigo Gustavo da Costa Lima Rodrigo Lopes Ferri Rodrigo Mantovani Bernardes Rodrigo Soares Rodrigo Vasconcelos de Lima Rogeria Gomes Belchior Rogéria Holtz Rogério Alessandro Martines Rogério Camasmie Rogério de Freitas Rogerio Mascarenhas Rogério Menezes dos Santos ROGÉRIO NUNES ANDRADE SILVA Rogério Toscano da Silva Ronalcy Vieira da Silva Ronaldo dos Santos Custódio Ronaldo Moreira dos Santos RONALDO SARDOU Ronaldo Uchoa Bezerra Rony Emerson Ayres Aguirra Zanini Roqueh Rosa Alves Rosa Caro Rosa Emilia Goiana Rosa Mara Dias Rosa Maria Filgueiras Rosa Maria Godoy Silveira Rosa Maria Mattos Rosa Meire Alves Silva Rosa Ricardina Caetano da Fonseca Rosa Rita dos Santos Martins Rosa Rita dos Santos Martins ROSALINA DI PACE MENDONÇA Rosamélia Delgado Rosana Rosana David Rosana Maria Costa Fernandes Rosana Saggioni Moraes Rosana Voltolini Rosane Blanco Rosane Cechinel Rosane Ebling Oliveira Rosane Margaritelli Moreira rosane teixeira Garcia-Rosa Rosane valada dos Santos Rosangela Rosângela Cardoso de Carvalho Rosangela Delmar Lima do Amor Rosangela Mascarenhas da Costa Marques Rosangela Menonça de Oliveira Rosangela Michely Rosângela N Garcia Rosangela Padua Rosangela Ribeiro Lejambre Rosangela Rodrigues Rosangela Rosa Rosangela Sales Rosangela Stavis de Castro Roscelita de oliveira nunes Rose Costa Rose Cruz Rose Elaine Duarte da Silva de Lima Soares Rose Mary Rose Nelis Ferraz Mafra Rose Silva Roseana Mendes Marques Roseane Morais Rosecarla Belmont da Fonseca Roseli Aparecida dos Santos Roseli de Cássia Santana Roseli Regis dos Reis Rosely Rejowski Rosely Zenker Rosenira Rocha Rosevaldo Ziviani Rosi Assumpção Rosicler Oliveira de Toledo Rosilei Rosileide Delgado das Chagas Rosilene Maria de Castro Silva Rosimare De Oliveira Rosimeire Rosimere da Silva Fortes Rosinea Resende Fonseca Rosinei Rosineide Carias Rozana Marques Rubens Holzmann Cordeiro Rubens Souza Rubia Nakonetchnyi RUDMAR CUNHA Ruth Helena Barros da Silva Ruthléa Nascimento Ruy Barreira Filho Ryan van Nek Sabrina Rita Resende Sacha Costa Primo Pereira Salomão Jacob Benchaya Samantha Barbieri Samantha Resck do Couto Sâmia Carvalho Pimentel Sâmia de Christo Garcia Samir Emanuel Fernandes Samuel José dos Santos SAMUEL VIEIRA NUNES Sandoval santos Miranda Sandra Albuquerque Sandra Aparecida Moreira Sandra Cardoso Leon Ferreira Sandra Carvalho Sandra de Miranda Leal Sandra Enomoto Sandra Galli De Lema Sandra Godoi Sandra Helena Vieira Sandra Lagos Motta Sandra Maciel de Almeida Sandra Mara de Oliveira Sandra Mara de Oliveira Sandra Mara Rodrigues de Oliveira Sandra Maria Borges de Aguiar Sandra Maria Garcia Sandra Marques SANDRA REGINA Sandra Regis Sandra Ribeiro SANDRA SANTANA DE OLIVEIRA ALMEIDA Sandra Soares Pereira Sandro Fernandes da Silva Costa Sandro Silva Gomes Santiago Angulo Jaime Sarah Jordana Martins Silva Saulo de Meira Albach Sayonara Rodrigues Silva tiburcio Scheilla Damasceno Del Monaco Staut Scheilla Pessoa do Amaral Sebastião Antunes Ribeiro Filho selma coelho Selma Medeiros Pimentel Selma O. Marques Semira Tuze Simeão Senny Feitoza Arrais Sephora Silva Sérgio de Brito Lima Sergio Desidera Sérgio dos Santos Sérgio Dutra Vianna de Oliveira Sergio F. Aleixo Sergio Lobo Sergio Luiz Moreira Valente Sergio Melo Sérgio Nogueira Ramos Sérgio Ricardo Alves Barbosa SÉRGIO ROBERTO BELTRÃO FIRMINO Severino de Souza Pereira Sheila Cerqueira Sheila Faermann Sheila Patrícia de Fátima Sobrinho Shirlene Divino de Souza Shirleny Greycy Santos Cerqueira Shirley Sibelis Grandisoli Matias Speratti Sidclay Prazeres Sidnei Batista Sidnei Lopes Pereira Sidney Robson Rodrigues da Conceição Silma Aparecida Pinto Silva Silvana Bárbara Gonçalves da Silva Silvana Dias Ribeiro Assis Silvana Grendene Silvana Maria Marques Silvana Maria Rimolo Silvana Ramos Silvania Messias Silvanildo Silvia Andrea Mause de Paula Silvia Danielle da Cunha Smith Silvia Helena Gonçalves David Silvia Hernandes Sílvia Lúcia de Oliveira Barros Silvia Maia Silvia Maria de Pádua Silvia Regina Linhares Dos Santod Silvia Schiedeck Silvia Seco Sílvio Duarte dos Santos Sílvio Francisco da Silva Silzen Furtado Simara Rodrigues Afonso Simione Silva Simone Simone Almeida Simone Botte Simone Brandão Simone Cristina Carvalho Viduedo Simone de assis costa Simone Guedes Simone Liciane Simone Mayworm Simone Natalina Xavier Simone Vianna Caratsch Sinuê Neckel Miguel Sirlei Augusta Silva Sirlei Rejane Vale Bittencourt Sofia Moreira de Oliveira Souza Solange Augusto Silva Solange de Jesus Linhares Solange de Souza SOLANGE LORENZETTI LOEPES BASSO Solange Luna Freire Mourão dos Santos Solange Maria José Ribeiro Solange Maria Reis Solange Mariotti Solange Mascarenhas Sonia Sonia Aparecida Borges de Oliveira Sonia Brookhart Sonia Maria da Luz Sônia Maria Neumayr Sônia Pereira Sonia Quaresma Sônia Silva Braga Sonia Xavier Sonya Halasz Soraia Naves de Souza Soraia Silva Soraua Maria Ali Scofield Soraya Braga Stefane Lyra Stefani Brunkhorst Stela Maria de Almeida Stela Maria de Rezende Figueira Stella D’Angelis Rocha Stella Maris Mellin Sueli Alves de Amorim Sueli Araújo Sueli Diniz Sueli Leão Ramos Tozi Sueli Marriel Sueli Terezinha dos Santos Suely Bizarro da Rocha Suely Costa Migueis Suely dos Santos Silva Suely Maria Magalhães Nunes Suely Sandra Ferreira Suely Tereza Sully Turon Super concordo Susana Huerga Susana Maria Garcia Aguiar Susele Faria Dias Susete Assis Campos Suzana Ellen Guedes da Silva Suzana Joauqim Bezerra Suzana Margarete Kurzmann Fagundes Suzana Montauriol Suzana Volpe Suzane Ferraz Suzete Vento Sylvio Darilson Cesco Tadeu Leal Tadeu Rossato Bisognin Tainá Nunes da silva Talita Martins de Melo Tamara Nanni Camargo Tânia Gimenes Alves Barbosa Pinto. Tânia Gonçalves Tânia Maria Acioli Tânia Maria Azevedo de Almeida Tania Maria Evangelista Tânia Oliveira Parreira Tânia Tourinho Tania Vieira Taoane Lais de Freitas Tassia Tassia Tatiana Karina Py Dutra Tatiana magalhaes Tatiana Ozanan Tatiana Pereira Leite Tatiana Pires Maia Tatiane Cibele de Souza Gomes Tatiane Gislene Moreira Fortes Tatiane Hagen Dias Mendes Tatiane Sousa Tatjane Garcia Albach Tauana do Nascimento Martins Telma Telma Maria de Oliveira Telma Oliveira Ribeiro Teresa Albuquerque Teresa Batolla Sianga Teresa Cristina Vaneli Moreira Felicori Tereza Cristina da Silva Tereza Limeira Terezinha Campagnolo Terezinha Lohnhoff Teylla Cristina Suckow Thais do Nascimento severo Thaís Helena de Oliveira Thaís Vilela Thaisa de Oliveira Caminha Thales Gleyson de Medeiros Silva Thalita Neves Thamiris Nyame De Barros Neves Thamyres Martins Gonçalves Thays Dresch Thelma Zamboni Thelmo Scarpine de Andrade Almeida Thêmis Araújo Lima Thiago Broni de Mesquita Thiago de Melo Martins Thiago Rodrigues Leão Thiago Serpa Thiago Wesley Ferreira Braz Thuane de Oliveira Porto Thyago Maia Rezende Tiago Dela Savia Tiago Império Tiago Pereira Tony Gigliotti Bezerra Tony Herbert Freire de Andrade Tuli de Barros Cardoso Soares Túlio de Abreu Ceci Villaça Ubirajara Salles Zoccoli Ururahy Barroso Vagdar Dia Santos Nascimento Valdemagno Silva Torres Valdeneida Marques Zuany Valdereza Leal Gomes Valdir Arruda Valdir Maia Valéria Valeria Alexandre da Silva Valeria batista VALÉRIA BERENGER Valéria Bernardino dos Santos Valéria da Silva Pereira Valéria Maria de Lima Borba Valéria Marta Nonato Fernandes Mokwa Valéria Montefeltro Fraga Valeria Pastori Valeria Pires Medeiros Valéria Valadao Valéria Viana da silva Valeska Carvalho Figueiredo Valmique Fernandes de Carvalho Valnei Francisco de França Valquíria Ferreira Valter chaves Costa Valter Pereira Fonseca Valter Vilar Vandick Cavalcante de Oliveira Vanessa Albuquerque Vanessa Cristina Rodrigues Papa Vanessa Santos da Luz Silva Vânia da Cruz Silva Vania Gueiros Vania Lucia de Almeida Chaves Vânia Parreira Vanilda Vanir Consuelo Guimarães Vanusia Hora Vera de Fátima Antônio Vera Lucia Vera Lucia Alves Nogueira Vera Lúcia Aparecida Barbosa Vera Lucia de Campos Alves Vera Lúcia dos Santos Caú Vera Lucia Pereira Rocha Vera Lucia Pereira Silva Vera Lúcia Rodrigues de Jesus Carteri Vera Lucia Severiano Vera Lucia Silva Souza Vera Queiroz Vera Ratunde Vera Regina Morais silveira Capitani Verbena Neves Pires Verônica Lucia do Rego Luna Vicente de Paulo Estevez Vieira Vicente Oliveira costa Victor Alves de Carvalho Souza Victor Hugo Marques Costa Victor Soares Fernandes Vilma Bezerra Vilma Franceschi Vilma Lemos Garcia Vilma Maria Salgado Raffaeli Virgínia Abrahão Virginia de Sousa Figueirôa Virgínia moura Virginia Siqueira Vieira Vitor VITOR HUGO SOARES DA SILVA Vitória Delazari Vitória Ruggini Vitória Teixeira Vivian Andries Nogueira Canedo Vivian Barandino Veronezi Vivian de Aquino Mathias Vivian Luçardo Barros Viviane Henrique Peixoto Viviane Martins Viviane Martins Vivien Ruiz Vsnessa Valente Wagner Xavier Santos Waldemiro Pereira da Cruz Junior Waldeth Waldiane carneiro Waldinett Nascimento Torres Pena Waldir de Castro Mata Walkiria Azevedo Wanda Wanessa Mendonça Correia Ramos Wania Araujo Guimarães Wânia Nascimento Wânia Viegas Wanice Maria de Oliveira Watsonia Sales Wellington de Andrade Silva Wellington Monteiro da Silva Santos Wendell Lopes de Azevedo Braulio Willames José Araújo de Oliveira Willian Adeodato Willian Pedro da silva Wilma Soares Guerra Wilson Filho Wilza da Silva Ferreira Mores Wriel silva Yana Borges Yara Souza Yasmim Debossan Yazid Jorge Guimarães Costa Yolanda Parente Seraphim Yuri Daibert Salomão de Campos Yurie Jivago Carvalho de Sousa ZAIRA VIARD BORGES Zany Nascimento Zenilda Maria Zenilda Monteiro Zenóbio Jorge Araújo Zilda Ferreira Braga Zuleika Soares Fernandes Gomes Zulimeyre Borges Duarte Zulma Rejane Alves Rodrigues                                                                                                  

A Mulher da Casa Abandonada e a miséria moral da elite escravagista

1

Gastão Cassel – Jornalista – EàE SC

É estrondoso o sucesso do podcast A Mulher da Casa Abandonada, criado pelo jornalista Francisco Felitti e produzido pela equipe Folha de São Paulo, disponível nos principais tocadores de podcast. A audiência já ultrapassou quatro milhões de ouvintes com uma média de audiência de 2 milhões de plays por episódio — números sem precedentes no cenário de podcasts do Brasil. Em comparação, programas desse formato, bem sucedidos, costumam ter audiência entre 60 mil e 80 mil pessoas. A Mulher da Casa Abandonada é a recuperação da história de um crime de grande repercussão há cerca de 20 anos, quando o casal Margarida e Renê Bonetti, foram acusados e processados nos Estados Unidos por manter uma funcionária doméstica brasileira, negra, em condições análogas à escravidão. A produção se desenvolve a partir do momento que o autor fica sabendo que a mulher misteriosa que mora sozinha num casarão abandonado no bairro mais caro de São Paulo é a criminosa que foi foragida do FBI. O grande sucesso do podcast se sustenta sobre três pilares bem claros: o jornalismo, a literatura e a exploração dos recursos de áudio. O autor combina os três elementos com grande maestria, gerando interesse, curiosidade e muito prazer em ouvir. Todos os elementos se encaixam com perfeição gerando um produto que, sem perder seu caráter informativo e de denúncia social, ganha contornos lúdicos. Ouve-se o podcast como quem ouve uma novela, uma história ou um romance.

Escravidão 2022

A grande questão é que o autor e narrador, a partir de um fato bem específico coloca luz sobre um problema social real e recorrente. Em 2022, só no primeiro semestre, 1.178 trabalhadores foram resgatados pelo Ministério do Trabalho de condições análogas à escravidão no Brasil. Registro e direitos trabalhistas, nem pensar. As histórias são sempre semelhantes e os relatos envolvem condições sub-humanas, má (ou falta de) alimentação, alojamentos precários e remunerações ridículas que, normalmente, não cobrem “dívidas” contraídas com o próprio empregador. A maioria dos casos está na construção civil, agronegócio e na industria têxtil. A publicação do podcast deflagrou um grande número de denúncias de casos de trabalho análogo ao escravo no âmbito doméstico. Desde que o programa foi ao ar, o número de denúncias de trabalho doméstico análogo à escravidão no Brasil teve um aumento de 67%, conforme dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho em um levantamento realizado a pedido de Felitti. Segundo o próprio Ministério do Trabalho, a escravidão doméstica é a mais difícil de ser fiscalizada, por acontecer no interior de domicílios.

Da família

O que chama atenção é o argumento que os cometedores desse tipo de crime usam para se justificar. Sempre mencionam que as pessoas não recebiam salário e outros direitos por terem uma relação familiar. São “como da família” discorrerem Margarida Bonetti ou o professor universitário Dalton César Milagres Rigueira, de Patos de Minas, que mantiveram suas “familiares” em condições sub-humanas por décadas. O argumento de que “são da família” é uma mistura de sordidez, desfaçatez e hipocrisia. Reivindicam laços porque invariavelmente tais pessoas fazem parte do “patrimônio” da família e até costumam ser passados de geração para geração como mostram os dois casos sobre os quais recaiu a investigação do podcast. No próprio episódio de apresentação do podcast Felitti comenta que o “são da família” é uma verdadeira teses sociológica sobre a elite brasileira. É evidente que a sociedade brasileira ainda está ligada ao pior de sua história, que a elite endinheirada ainda não se conformou com o fim da escravidão e cultiva o desejo de ter sobre quem exercer sua suposta superioridade. Não por acaso o trabalho doméstico é tão precarizado. Quem não lembra da revolta da classe média quando foi instituído o direito ao FGTS aos trabalhadores domésticos? Não por acaso, a maioria dos empregos domésticos são destinados a mulheres negras, que tão bem representam a figura servil desejada pela elite branca.

Jornalismo

O trabalho de Chico Felitti. é um exemplo de bom jornalismo. Seu trabalho de investigação e apuração e minucioso. Leva às últimas consequências o compromisso de ouvir todas as versões e colocá-las lado a lado de forma crítica e referenciado pela objetividade dos fatos. Destaca-se a paciência e a habilidade com que ele confronta a “mulher da casa abandonada” expondo as provas dos processos e as evidências que ela tenta negar em sua versão. Realizando a primeira entrevista que a acusada dá em toda a histórias do processo, ele dá a ela o direito e o espaço à sua versão, mas não abre mão de expor as contradições. Não como julgamento, e sim como exercício de elucidação da objetividade. A observação sobre o comportamento do repórter diante da pessoal acusada de um crime é fundamental de ser analisada, porque há uma sacralização do “ouvir os dois lados” que não considera que o serviço completo do repórter não é apenas ouvir todos os lados, mas justapor as versões com os dados objetivos, com as provas processuais e com a materialidade das coisas. Felitti agiu com rigor e perfeição.

II Encontro Nacional da Esquerda Espírita, São Paulo, 10/07/2022: eu fui

Feminismos com Susete Campos

Relato de Susete Campos, que acompanha o Coletivo Espíritas à Esquerda desde o I Encontro Nacional em 2019, em Salvador “Em tempos de tempestades Diversas adversidades Eu me equilibro e requebro É que eu sou tal qual a vara Bamba de bambu-taquara Eu envergo mas não quebro” (Lenine) Lá em 2019, quando aconteceu o primeiro encontro dos EàE, imaginávamos que esses anos seguintes seriam difíceis, mas foram piores que o anúncio do pesadelo. Tudo que já foi um dia, deixou de sê-lo. Veio a pandemia –solidão, doença e morte. Despedidas e enterros. A perversidade travestida de governo nos horrorizou diariamente com absurdos, violências, desrespeitos, malfeitos, malandragens, crueldades. Não houve um dia sequer em que o mal não se descortinasse à nossa frente e sem que nos perguntássemos até quando. Mas como não há mal que se imponha para sempre, resistimos. Tivemos importantes vitórias na justiça. A operação lava-jato, agora conhecida como farsa-jato, ruiu junto com seus heróis fajutos. Estamos nos preparando para um novo tempo de esperança. Envergamos, mas não quebramos. Paralelamente, o movimento de espíritas progressistas floresceu. Com a criação de vários coletivos, foi produzida uma vasta lista de materiais de estudo no formato de lives, reuniões online, publicação de novos livros. Foi como uma onda resgatando companheiros e companheiras de ideais, pessoas desiludidas com o que se transformou as casas espíritas sob a égide da FEB. Envergamos, mas não quebramos. Em agosto de 2020, o grupo EàE-DF criou o grupo de estudo Léon Denis com reuniões quinzenais. O primeiro tema estudado foi a Teologia da Libertação (Leonardo Boff e Frei Betto) com foco na metodologia de ensino de Paulo Freire e nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB). Passamos pela obra de Léon Denis, Socialismo e espiritismo, e atualmente estamos estudando a obra de Herculano Pires, O Reino. Fazer parte dos grupos de WhatsApp desse pessoal, ler e discutir, em reuniões quinzenais, também tem sido uma forma de resistir. Mas queremos mais. Inspirados por Paulo Freire, é preciso esperançar, agindo. Queremos levar adiante nossos projetos, junto com todos e todas que se somam e sonham com um mundo mais justo e fraterno, o Reino anunciado por Jesus. Envergamos, mas não quebramos. Com adiamento de mais de dois anos por conta da pandemia, finalmente em 10 de julho, em São Paulo, aconteceu o II Encontro Nacional da Esquerda Espírita, com os seguintes temas para reflexão e debate “Política e eleições” e “Conjuntura política brasileira”. Calor humano, reflexão, escuta ativa, assim foi nosso dia. O objetivo desse texto é fazer um registro do conteúdo das palestras, para que essas falas possam trazer conhecimento, reflexão e inspiração para agir.

Dora Incontri

Dora Incontri (educadora, jornalista, poetisa e escritora) nos dá conta que o movimento progressista espírita começou há, pelo menos, vinte anos (ver a obra Cristianismo libertador, de Alysson Mascaro, publicado em 2002), pavimentando esse pensamento em diálogo aberto com o mundo contemporâneo, com as ciências, com a filosofia e com as teorias sociais. Nada de embalar o espiritismo em garrafas de água fluidificada, pelo contrário, conduzi-lo para a ação em busca da melhoria da sociedade. E sim, devemos recuperar a prática mediúnica, hoje restrita aos centros espíritas. Todos nós podemos fazê-la em nossas casas, inclusive. Dois desafios são trazidos para nossa reflexão: 1) Fazer a luta social sem perdermos a dimensão da espiritualidade. É a transcendência que nos garante que haverá um futuro melhor. O caminho é de equilíbrio e junção. Dentro do centro espírita deve-se falar de política, não partidária, de questões sociais, estrutura da sociedade, introduzir educação sociopolítica para os seus frequentadores. Precisamos entender o mundo para atuar nele. 2) Necessidade de união entre os progressistas. Podemos discutir ideias de forma respeitosa, divergir sem sermos radicais. O caminho consistente para o debate sério são os estudos. Precisamos vencer esses desafios para contribuirmos com a transformação do mundo tornando-o mais justo e mais pacífico. Diálogo interreligioso e educação em suas dimensões crítica, espiritual, cognitiva e afetiva são caminhos consistentes para transformar nosso mundo no reino anunciado. Apesar da inegável importância de Kardec, é necessário reconhecer as limitações históricas do seu tempo e as contradições em sua obra. E como lidar com os fascistas, com a extrema-direita? De forma respeitosa sempre, sem nos igualarmos aos discursos de ódio, pois alguns deles poderão ser tocados e, um dia, todos deixarão de sê-lo. Dois pilares da doutrina: o da fé raciocinada e o de que ciência e religião não podem se opor, devendo a religião se orientar com base na ciência e, se preciso, ajustar-se a ela em suas evoluções e revisões.

Thiago Torres, o “Chavoso da USP”

Thiago Torres, o “Chavoso da USP” (22 anos, estudante de ciências sociais da USP, morador da Brasilândia, zona norte da cidade de São Paulo, com 200.000 seguidores no Instagram). Foi uma grata surpresa conhecer a história desse jovem estudante, que acredita que a educação é o principal instrumento para romper barreiras entre a periferia e a universidade. De espírito inquieto, criado na periferia com formação evangélica, cedo começou a frequentar o movimento espírita e a estudar, por conta própria, as obras básicas de Kardec. De início percebeu a diferença das pessoas da periferia com os frequentadores do centro. Identificou-se com a dinâmica do funcionamento da mocidade, aberta ao diálogo para construir conhecimento e, por outro lado, se incomodou com as falas conservadoras e moralistas de dirigentes, que lhe pareceram elitistas, racistas e problemáticas como é o caso do tema reencarnação, usado como dogma para explicar tudo, inclusive as desigualdades sociais e outras atrocidades. Pelo conhecimento adquirido, passou a enxergar o distanciamento dos fundamentos de Kardec com o espiritismo de Chico Xavier. Destaca as contradições do livro Nosso Lar, com lugares, colônias, umbral, cidades espirituais, tudo pré-determinado para cada tipo de espírito que desencarna. Se a ciência, na época de Kardec, tinha traços racistas, esses traços influenciaram a obra kardecista, na qual os espíritos superiores são sempre de origem branca e europeia, e os seguidores sempre pessoas da classe média (advogados, médicos etc.). Conheceu a umbanda, onde sentiu o ambiente mais acolhedor, sem moralismo e conservadorismo. Optou por permanecer no espiritismo por entender tratar-se de uma filosofia espiritualista, portanto, aberta ao debate e à crítica, com espaços a serem ocupados. Como ciência, o espiritismo deveria estar em constante construção e a orientação de Kardec foi seguir a ciência. Nesse contexto, considera que o espiritismo deveria seguir a ciência que defende a descriminalização do aborto como uma questão de saúde pública. A exemplo da condenação do aborto, o espiritismo não incorporou os debates contemporâneos das ciências, em especial as ciências sociais e biológicas, o que denota seu religiosismo. Pontos importantes da sua fala: – Reencarnação para justificar desigualdades e anestesiar consciências; – Crença cega no conteúdo das mensagens recebidas por espíritos ditos “superiores”; – Uso da filosofia espírita, pela classe dominante, para oprimir, manipular e controlar a população mais pobre e vulnerável. “Tudo que acontece é por vontade de Deus”, “você escolheu suas provas e então deve aceitá-las sem questionar”; – Nem tudo vai ser resolvido no amor e no diálogo. O nazismo só foi derrotado por um outro exército; – A condição de pobreza é responsabilidade da classe dominante e devemos reduzir a culpa do pobre; – A classe média tem seus direitos garantidos. A população pobre não tem; – Ter casa, emprego, saúde, educação é direito. Ter jatinhos, iate, mansões é privilégio; – Reforma íntima que ignora a necessidade de reformas sociais não é reforma; e – A ideia da caridade do branco/rico “salvando” o negro/pobre deve ser problematizada; caridade é necessária, mas jamais suficiente. Melhor substituir caridade por justiça social.

Luiza Erundina

 Luiza Erundina, deputada federal. Em sua exposição, a deputada apresentou uma leitura do atual cenário político do país e nos alertou que haverá tentativa de golpe. A política é a única ferramenta para transformar a realidade social. A esperança é revolucionária, desde que acompanhada de ação.

Juliana Magalhães

Juliana Magalhães, bacharela e doutora em direito. Distanciamento da prática espírita com os fundamentos de Kardec. Espiritismo deveria ser um agente de transformação social, daí sua visão crítica do movimento no Brasil, do sistema capitalista e, consequentemente, seu interesse e estudo aprofundado do marxismo. A sociedade capitalista é uma imensa coleção de mercadoria, em que estão separados os trabalhadores de um lado e proprietários dos meios de produção de outro. É o direito que vai garantir a propriedade privada. Questão: “Qual o grau de liberdade que o trabalhador tem, de fato, no capitalismo?” Razão da religião: “Deus dá o frio conforme o cobertor”. É o ópio do povo, funcionando tanto como um lenitivo ou como algo para alienar. No capitalismo, a religião assume o papel coadjuvante de fazer com que as pessoas não exerçam o papel de crítica mais avançada (conformismo). No Brasil, o movimento espírita fecha os olhos para a realidade do mundo, incorpora o reacionarismo que baliza o seu pensamento, distorcendo o próprio Kardec e legitimando as injustiças sociais numa sociedade de exploração. A ideologia do capitalismo é que vai normalizar os pobres sem-teto, sem-terra. Caridade assistencialista não transforma o mundo. Naturalizar as desigualdades é anticiência. Kardec, como herdeiro do iluminismo, buscava distanciar o aspecto religioso, era crítico de rituais, hierarquias, amuletos e qualquer distinção entre as pessoas. Era defensor da ciência e da razão. Aristóteles: “Toda justiça é social”. Só se é justo na pólis. Eu só posso ser justo numa pólis justa. Daí a incoerência de espíritas condenarem movimentos sociais como o MST e MTST, que reivindicam o básico: terra e teto. Capitalismo é um patriarcado, produtor de mercadorias, é racista, homofóbico, tudo contrário à ética de Jesus, que nasceu de uma mulher e viveu uma vida material. Do que adianta falar de amor ao próximo, de caridade, se há oposição às conquistas sociais no discurso reacionário que os espíritas abraçaram? É possível pensar criticamente a sociedade e transformá-la.

Alysson Mascaro

Alysson Mascaro, jurista marxista, escritor. A religião tem um papel histórico na defesa do mundo –aristocrático, feudal, burguês– para fins de dominação. Iluminismo (século XVIII): insurgência da burguesia em defesa do uso da razão, “luzes da razão contra as trevas da fé”. Nessa época deveriam ter sido extintas as religiões por falta de materialidade suficiente para sua justificativa. Ou seja, há 250 anos a humanidade já possuía material teórico para superar as religiões. Ao invés de extinguir a religião, a própria burguesia a reconfigurou sob as formas do orgulho protestante, do catolicismo reacionário (misticismos) e do esoterismo (de onde surge o espiritismo). No início do sec. XX, o imperialismo ideológico estadunidense se manifestou com as igrejas pentecostais e neopentecostais, criadas num caldo político originalmente protestante. Esse modelo serve de combate a todo progressismo que impede que lutas e conquistas sociais aconteçam (EUA não tem saúde pública, por exemplo). A religião nos EUA funciona como trava ideológica. A ideologia do imperialismo religioso americano pentecostal e neopentecostal prosperou no Brasil e hoje a religião evangélica representa quase a metade da nossa população. A religião funciona como instrumento para bloquear as lutas e avanços sociais. As populações desgraçadas morrem para enriquecer o 0,1% de ricos do mundo e um dos gatilhos imediatos disso é a religião. Quanto mais o capitalismo se impõe com todas as suas contradições, mais o povo se torna religioso. O sistema precisa de uma massa oprimida e dócil para o interesse de sua exploração. A religião tem um papel estrutural que tem sido cumprido há 200 anos, que é reacionário, na medida que faz acreditar que tudo é vontade divina, que o presidente tal é enviado de Deus, que nenhuma folha cai sem ordem divina, que todas as mensagens psicografadas do espírito tal é verdadeira e por aí vai. Ou seja, todos os movimentos religiosos servem a esse reacionarismo. A experiência católica da Teologia da Libertação com as Comunidades Eclesiais de Base (CEB) mostrou-se como a única tentativa notável de uma religião implantar uma visão progressista e que teve alcance das massas. No entanto, o movimento foi abafado por decisão do Vaticano. A própria trajetória progressista no campo das religiões tem um teto muito baixo. O afeto, que é gestado nas massas para que elas se aproximem da religião, é um afeto conservador, tendente ao reacionarismo. Pela tradição das religiões, os sofrimentos são explicáveis por causas ocultas de tal forma que o impulso não é de transformação e sim de consolação. Daí a necessidade de avançar progressivamente dentro das religiões que querem apenas consolar para manter o que aí está. O aspecto religioso do espiritismo impede seu desenvolvimento progressista. A tutela religiosa não permite avançar o progressismo nas religiões. Com o surgimento de novos grupos religiosos progressistas há que se estabelecer um horizonte em favor da racionalidade da ciência e um horizonte no qual as lutas sociais se apresentem como a sua diretriz e sua dinâmica. É chegado o tempo da ciência, da ciência da transformação social.

Finalizando

E depois de todos esses conteúdos, houve a plenária para discutir os rumos da esquerda espírita que deve ser o mote de relatos futuros. Apenas para começo de conversa, as mulheres progressistas apresentaram um manifesto pela descriminalização do aborto. Envergamos, mas não quebramos.

Mulheres espíritas pelo direito de decidir

14

A Plenária do Segundo Encontro Nacional recebeu o primeiro manifesto das Mulheres Espíritas pelo Direito de Decidir.

O tema do aborto começou a ser discutido entre um grupo de mulheres do Coletivo Espíritas à Esquerda após a repercussão do artigo “Desprezado Patriarcado, até quando”, na coluna Feminismos. A discussão ensejou outra publicação, “Ouvindo as Mulheres: aborto e movimento espírita”. Em seguida, um grupo de mulheres do núcleo regional do Distrito Federal organizou um debate on line “Diálogos sobre o aborto – sob o enfoque Espírita”, em 30 de junho de 2022 (infelizmente, não ficou gravado). O evento on line contou com a participação de representantes dos diversos núcleos estaduais e teve, como encaminhamento, a criação do Coletivo Mulheres Espíritas pelo Direito de Decidir. O Coletivo das mulheres elaborou um manifesto, apresentado e aprovado na plenária do Segundo Encontro Nacional da Esquerda Espírita. A seguir, apresenta-se a íntegra do Manifesto. O tema aborto é criminalizado na sociedade e no movimento espírita tradicional, a partir de premissas que atendem a uma perspectiva de controle do corpo da mulher, fato já amplamente descrito em estudos científicos validados. O espírito que, em dada existência, toma um corpo feminino, estabelece com este uma relação na qual irá construir conhecimentos específicos, a partir de condições socialmente determinadas, sendo, uma das mais determinantes, a condição de gênero. Este espírito está encarnado para intervir na realidade do mundo material, em conformidade com suas escolhas. Por vivermos em uma sociedade que estabelece padrões de comportamento e delimita espaços às mulheres, existir nessa condição é um constante desafio à alma. Há papéis sociais estabelecidos às mulheres como zelar pela moralidade, guardar recato, resignar-se, acolher de forma incondicional, cuidar de todos e produzir filhos. Embora seja lugar comum a ideia de que ter filhos seja destino de todos os espíritos encarnados como mulheres, a fatalidade não é uma premissa da Doutrina Espírita, conforme se vê nas obras da Codificação, como o Livro dos Espíritos (LE). Ser mãe, em princípio, é uma condição biológica e não um dever. O Espírito, ora encarnado em corpo feminino, tem livre arbítrio para escolher – ser ou não ser mãe – a partir de motivações próprias, não cabendo a ninguém – Estado, Igreja ou Centro Espírita – determinar essa decisão. É necessário falar, abertamente, acerca do aborto, no ambiente espírita, relembrando que a alma é livre para decidir acerca de seus caminhos durante a existência física.

843: “Pois que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria uma máquina”. (LE).

Também é urgente reviver a prática explicitada no Evangelho Segundo o Espiritismo, acerca da indulgência para com todos e todas.

ESSE – Cap. 10 – A Indulgência – (…) A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?

Acolher hoje, acolher amanhã, acolher sempre: eis o que se espera dos espíritas. A Caridade, pilar da Doutrina, chama atenção para as irmãs que chegam às casas espíritas suplicando auxílio e conforto, seja da ordem material ou espiritual.

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Além de acolher é necessário compreender os desafios das formas atuais de organização das famílias e do exercício da sexualidade, superando a visão medieval de sexo como “pecado” ou ato fisiológico destinado apenas à procriação. Sobre a sexualidade, também a ciência – instituição respeitada no âmbito da Doutrina Espírita –oferece resultados de pesquisa acerca de sua influência sobre a saúde física e emocional. Entender esse fenômeno e esclarecer as pessoas sobre o exercício de uma sexualidade responsável – bem como sobre abusos sexuais – é importante na prevenção de uma concepção indesejada. Se punir o aborto não o evita, tampouco execrar a se xualidade contribui para seu exercício saudável. Fora do ambiente da religiosidade, há as questões de saúde pública, abordadas nas áreas das Ciências da Saúde, notadamente nas áreas da Epidemiologia e Saúde Coletiva. Com a criminalização do aborto, as mulheres, especialmente as pretas e pobres, não têm acesso a cuidados no sistema público e, aquelas que conseguem atendimento privado, podem vir a sofrer discriminação, violência obstétrica ou ainda ter sua intimidade violada. Sem acesso aberto ao Sistema de Saúde, os abortos são subnotificados, prejudicando os registros epidemiológicos e impedindo a mensuração correta do fenômeno da interrupção de gravidez, suas associações causais, intercorrências e desfechos. Ou seja, não se conhece, com rigor científico, as razões que levam mulheres e meninas a abortarem ou o que falhou em seus planos reprodutivos. Podem ser mulheres que não têm acesso regular a métodos contraceptivos; que não saibam usá-los da forma correta; que estejam em situação crônica de violência sexual ou ainda convivendo com companheiros que recusam a contracepção. Tratar o aborto como questão de saúde pública, além de proteger a vida das mulheres, pode prevenir a ocorrência de mais abortos. A Organização Mundial de Saúde estabelece diretrizes sobre o aborto, na perspectiva de proteger a saúde de qualquer pessoa que possa engravidar. Segundo a OMS, cerca de 25 milhões de abortos inseguros são realizados anualmente, o que resulta em altos percentuais de complicações pós-operatórias, hospitalizações e mortes. No Brasil o aborto é considerado crime, na maioria das situações e, por isso, muitas mulheres interrompem a gravidez usando métodos inadequados e perigosos. Além disso, evitam procurar ajuda médica até que as complicações se tornem muito graves. Estima-se que metade dos abortos, no País, resulta em internação posterior e que quase todas essas internações poderiam ser evitadas. A Organização Mundial da Saúde calcula que apenas 2% a 5% das mulheres fazem aborto com medicamentos confiáveis, sem necessidade de intervenção posterior. Criminalizar o aborto traz intercorrências evitáveis nas condições de saúde dos indivíduos, risco de vida e ônus para o Sistema. A maternidade somente será de livre decisão para as mulheres se, além das condições materiais e sociais, elas puderem ter acesso a meios de planejamento reprodutivo e também ao aborto legal, seguro e gratuito, livres do controle de natalidade exercido pelo Estado e por instituições religiosas. Pelos motivos expostos neste Manifesto, entendemos a necessidade de parar de tratar o aborto sob a ótica do moralismo religioso. Ele deve ser visto como parte de uma ampla Política de Saúde, entendendo-se saúde como bem estar físico, moral, social e espiritual. Nós, mulheres espíritas progressistas, entendemos que a vida deve ser preservada em primeiro lugar, principalmente, a vida das mulheres. Reconhecemos a existência de mulheres que, por inúmeras razões, decidem abortar. Elas são nossas irmãs ou somos nós mesmas, em diferentes momentos de nossas vidas. Nessa situação, as mulheres necessitam de acolhimento e não de dedos apontados ou anátemas. Em um estado laico, o aborto é competência da área da Saúde Pública e somos a favor da sua descriminalização. Aos espíritas compete não julgar e sim, acolher, a mulher que os procura em busca de alívio para suas dores. Também não cabe, aos espíritas, definir para que local irá a alma da mulher que aborta, após o encerramento de sua vida física e sim esclarecer que novas oportunidades de servir surgirão e que ela terá apoio social, emocional e espiritual para que esteja pronta para assumir os encargos de sua jornada. Assim, a proposta das Mulheres Espíritas pelo Direito de Decidir, a esta plenária, é:
  • Discutir sexualidade, contracepção, saúde das mulheres e aborto, sem anatematização ou tabus, no âmbito das casas espíritas,
  • Acolher e esclarecer todas as mulheres que nos procurarem num momento em que estejam atormentadas pela dor de uma gravidez indesejada, sem julgá-las e sem ter a arrogância de querer influenciar nas suas decisões, reconhecendo seu livre arbítrio.
Por uma maternidade verdadeiramente livre!

II Encontro Nacional da Esquerda Espírita foi um sucesso

1
O II Encontro Nacional da Esquerda Espírita, organizado pelo Coletivo Espíritas à Esquerda aconteceu no domingo, 10 de julho, em São Paulo, na sede do Sindicato dos Bancários. O evento reuniu cerca de 100 pessoas presencialmente e mais cerca de 150 pessoas simultaneamente que assistiram à transmissão online pelo YouTube, Twitter e Facebook. A primeira palestra esteve a cargo da professora Dora Incontri, que tem reconhecida produção teórica e várias publicações que questionam o conservadorismo dos espiritismo tradicional e propõem uma profunda reflexão sobre a obra de Kardec, sobretudo com a compreensão do período histórico em que ele produziu a sua obra. Dora defende que os equívocos e limitações sejam apontados, preservando a integridade da obra, mas apontando o que deve ser revisto. Thiago Torres, estudante de Ciências Sociais da USP, de 22 anos, foi o segundo palestrante. Ele é conhecido como @chavososdausp e soma mais de 200 mil seguidores nas redes sociais onde discute política, filosofia e sociologia falando a partir de seu lugar de jovem da periferia paulistana. Ele próprio resumiu sua participação em seu perfil no Instagram: Contei minha trajetória no espiritismo, apresentei algumas das minhas críticas ao movimento e falei da necessidade de resgatarmos suas raízes filosóficas, científicas e, principalmente, progressistas, em meio ao reacionarismo em que se afundou. Relembrei a famosa frase de Paulo Freire (que inclusive foi secretário da Educação de Erundina), de que nossa esperança deve vir do verbo ‘esperançar’, e não do verbo ‘esperar’. A superação desse mundo de provas e expiações, para um mundo de paz e harmonia que nós espíritas almejamos depende da nossa ação coletiva para acontecer. Saltando de uma geração para outra, a terceira convidada a falar foi a deputada federal do PSOL de SP, Luiza Erundina, 87 anos. A ex-prefeita de São Paulo falou sobre a conjuntura política nacional e ressaltou a importância de movimentos progressistas, que pensam a sociedade a partir de perspectivas espiritualistas, ganharem força e intervirem na realidade. A deputada enfatizou a importância do engajamento da juventude, expressando admiração pela fala de Chavoso, que a antecedeu. A doutora em Direito Juliana Magalhães foi a quarta painelista, compartilhando a elaboração crítica considerando a ideologia como resultado de práticas materiais. Refletiu sobre como as esquerdas do mundo todo restringem sua percepção a um universo juridicamente organizado, institucional e eleitoral, numa visão de que o estado “vai nos salvar”. Utilizou versos de Adoniran Barbosa para exemplificar que o direito serve sobretudo para defender a propriedade privada da burguesia: “Saudosa maloca é sobre um despejo, uma reintegração de posse”. Segundo ela o verso “os homi tão com a razão, nós arranja outro lugar”, exemplifica a submissão à ordem jurídica. E mais: “Deus dá o frio, conforme o cobertor”, materializa a submissão a uma suposta ordem divina que naturaliza a desigualdade na forma do conformismo. Juliana destacou que “o espírita constituído pela ideologia burguesa, pela lógica do capitalismo, replica o discurso de uma ordem constituída e sacralizada, mas que é apenas a ordem capitalista injusta e desumana”. Acometido por Covid-19, o quinto palestrante, Alysson Mascaro participou à distância do evento, mas acrescentou uma profunda reflexão sobre o papel das religiões no decorrer da história. O jurista e escritor afirmou que “estamos com 250 anos de atraso histórico para acabar com as religiões”. Destacou que as religiões não têm materialidade suficiente para sua justificativa desde o tempo do iluminismo, no século XVIII. Segundo ele, “a própria trajetória progressista no campo das religiões tem um teto muito baixo; a igreja católica que conheceu  a Teologia da Libertação teve, por condução papal, o extermínio desta experiência”. O afeto que é gestado nas massas para que elas se aproximem da religião é uma afeto efetivamente conservador, tendente ao reacionarismo. Pessoas buscam a religião por perspectivas que confirmarão expectativas conservadoras de que há uma razão de ser no mundo, de que os sofrimentos são explicáveis por causas ocultas”, disse Mascaro.

Plenária

Após as palestras, na parte da tarde, foi realizada uma Plenária do Coletivo Espíritas à Esquerda. Foi discutida espacialmente a organização do coletivo na perspectiva de fortalecer-se como um movimento “atuante, solidário e inclusivo”, acentuando a identidade suprapartidária de esquerda, que acolhe os movimentos sociais e identitários respeitando a sua autonomia. A plenária deliberou que o próximo período vai ser dedicado à ampliação e consolidação dos grupos regionais, com ênfase na realização de eventos presenciais na perspectiva de iniciar efetivamente a construção de Núcleos Espíritas Populares, especialmente para acolher populações marginalizadas socialmente.

VEJA A ÍNTEGRA DAS PALESTRAS

 

Do átomo ao arcanjo

Releituras kardecistas –  Marcio Sales Saraiva

Os espíritos foram criados “simples e ignorantes” ou “sem saber”. Eles crescem gradualmente até chegarem “progressivamente à perfeição”, através do “conhecimento da verdade” que brota das experiências múltiplas.

Esta é a síntese da evolução pessoal que os espíritos apresentam para Allan Kardec na questão 115, em O livro dos espíritos. Nada se diz sobre a tal “reforma íntima”. A questão é viver, experienciar, aprender e crescer, amadurecer, até chegar à plenitude de si mesmo. Esta é a concepção espírita, sem firulas ou misticismos.

Em outras palavras, podemos dizer que o espiritismo é universalista quando analisa a salvação-redenção dos indivíduos. Isso quer dizer que ninguém será condenado ao “inferno eterno” e, portanto, todos os espíritos “se tornarão perfeitos” um dia, pois “um pai justo e misericordioso não pode banir eternamente seus filhos” (questão 116), tal como pregam algumas religiões, especialmente as de matriz judaico-cristã.

É claro que o ritmo de amadurecimento e plenitude é pessoalíssimo. Cada espírito chegará ao ápice de seu desenvolvimento cognitivo e moral no tempo que for necessário, através de uma longa jornada por diversas encarnações. Alguns já alcançaram esta plenitude, outros ainda caminham com dificuldades, alguns estão parados na estrada faz tempo, mas nenhum espírito retrograda (questão 118). Ou seja, de acordo com o kardecismo, todos os espíritos crescem em ritmo variado, alguns podem até estacionar por algum tempo, mas nenhum poderá retroceder, pois isto feriria a lei natural de progresso contínuo.

Quando olhamos para o mundo, é fácil identificar espíritos reencarnados fazendo o mal, destruindo políticas sociais, ampliando o desemprego, espalhando o armamentismo, ampliando a fome e a desigualdade, agindo com egoísmo, perversidade e má-fé. Os espíritos dizem para Kardec que tais ações malignas nada têm com a criação divina, ou seja, “Deus não criou espíritos maus”, mas estes se tornaram maus “por sua vontade” (questão 121) e é sobre isso a alegoria da queda adâmica (questão 122).

Aí está a lei de liberdade. Os espíritos, encarnados ou desencarnados, podem escolher o caminho do mal e abandalharem-se. Deus, como mecanismo causal-criador, nada faz para intervir ou impedir, porém, de acordo com as leis cósmicas criadas pela causa primária, todo o mal feito irá retornar para quem o fez. Não por vingança, mas por conta de um mecanismo natural chamado lei de causa e efeito. Recebemos o que fazemos, sempre! E assim o mundo se autoajusta.

Nesta grande marcha ascensional, chamada por Pietro Ubaldi de “retorno ao sistema”, encontraremos espíritos que desde o início caminharam pela estrada íngreme do bem, outros pegaram o atalho do mal, mas todos estão envolvidos pela lei de progresso, todos estão em processo de aperfeiçoamento contínuo e dia chegará em que todos os espíritos chegarão à comunhão plena com a luz de Deus, à maturidade cognitiva-moral, ao estado de espíritos puros ou “anjos”, para usar uma imagem muito comum ao campo religioso.

Diz o Novo testamento que “Deus enviou o seu filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3:17). A ideia de que Jesus é o salvador do mundo inteiro e de que todas as coisas estarão reconciliadas com a divindade, com a causa primária, foi chamada de “apocatástase” e defendida por um dos grandes pais da igreja, Orígenes de Alexandria. O que o espiritismo kardequiano faz é atualizar a linguagem e a compreensão da salvação universal (apocatástase) através de uma longa jornada do espírito pela reencarnação.

Com o espiritismo, as tenebrosas ideias de “inferno eterno” ou de “juízo de Deus” baseadas em uma única existência foram desconstruídas. No lugar disso, o pensamento kardequiano nos ensina que somos espíritos em processo evolutivo, caminhando na direção do infinito, errando e acertando, mas sempre crescendo. E que um dia chegaremos à plenitude de nós mesmos, sempre julgados pela nossa própria consciência. Dizem os bons espíritos para Kardec (questão 540):

É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pôde apreender em seu conjunto!