Nessa semana de Natal que se inicia, uma reflexão proposta por Dora Incontri.
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Podemos desejar feliz Natal nesse 2020?
Dora Incontri
Jornal GGN
“Poderíamos estender indefinidamente as multidões de seres humanos do bem, que estão alinhados com a ética de Jesus.
Natal de 2020. Quisera ter braços e presença para abraçar todos os que amo, os amigos próximos e distantes e mesmo os supostos adversários. Pois somos todos humanos, frágeis, nesse barco terrestre, em meio a tempestades, nevoeiros e zonas de incerteza e obscuridade.
Quisera ter voz e escrita com o alcance da consolação e da esperança para todos os que estão adoecidos física ou psiquicamente com a pandemia, com o isolamento, com o empobrecimento, com a perplexidade que nos assola.
Quisera ter colo para oferecer a todas as crianças do mundo, as que estão trancafiadas em casa, as que estão refugiadas, as que estão em fome e necessidades tantas…
Quisera… quisera… poder anunciar aqui nesse texto notícias alvissareiras: o fim das violências contra qualquer ser humano, contra qualquer ser vivo, o cessar fogo contra a natureza que se arrebenta pela exploração, pelo desmatamento, pela terra arrasada.
Quisera poder falar da queda de todos os governos que aviltam o planeta, de todos os bancos que extorquem nossas vidas, de todos os privilégios de meia dúzia de bilionários do mundo e proclamar uma sociedade fraterna, justa, igualitária, universal… de mãos unidas entre todos os povos.
Quisera afinal poder desejar um feliz Natal… mas sabemos que não será feliz. Com tantas mortes, com tantos abusos, com tantas perversidades, com tantas más notícias… Será necessariamente um Natal enlutado. Mesmo assim, podemos transformá-lo numa experiência meditativa e espiritual, que nos reconforte.
Como? Em primeiro lugar, conectando nossos corações com o personagem central do Natal –aquele que a civilização dita cristã diz seguir, mas está longe de compreender e aplicar sua proposta ética. Uma ética de inclusão, de amor, de perdão, de solidariedade e paz.
Nessa ética, nessa mensagem, nesse exemplo está uma luz que nos mostra um caminho de solução para nossos impasses. Luz que muitos ainda consideram utópica. Tantos não conseguem nem se reconciliar com os que amam num espírito natalino, outros tantos não enxergam como possíveis caminhos para nosso planeta proposições que consideram piegas, como compaixão, fraternidade e acolhimento.
Mas, sim, é essa ética que propôs Jesus que pode nos salvar do caos, da barbárie, da injustiça. Jesus, um personagem histórico que não deve estar encarcerado aos dogmas e às interpretações sectárias das igrejas, mas pode ser entendido como um ser humano, cuja transcendência, renúncia, entrega e amor continuam sendo um alta inspiração para as almas que anseiam pelo Reino da bondade nesse mundo.
Desapego dos bens terrenos, reconciliação entre todos e todas, perdão irrestrito, compaixão para com os que estão em sofrimento, trabalho incessante de serviço ao próximo, mesmo com perda em interesses próprios e egoístas, lutas por causas humanitárias, ecológicas, para transformações estruturais da sociedade… eis a receita para superarmos o capitalismo, o patriarcado, a miséria e todas as mazelas do mundo.
A recente encíclica do Papa Francisco ‘Fratelli Tutti’ (Todos irmãos) –finalmente um Papa que consegue falar com cristãos e não cristãos– faz um diagnóstico preciso e brilhante de todos os problemas que devastam a terra e a nossa humanidade. E apresenta justamente uma proposta de superação, com essa ética de Jesus, exemplificada por Francisco de Assis, grande inspirador das ideais de Francisco de Roma.
Que posso dizer então, nesse texto natalino? Ressaltar que em meio à avalanche de notícias pesadas que tivemos em 2020, foi publicada uma encíclica luminosa como essa, tivemos muitas lideranças no Brasil e no mundo na resistência contra o retrocesso da liberdade, da ciência, do amor ao próximo. Gente que sofreu, trabalhou, se entregou, fez a diferença. Cientistas, médicos e médicas, enfermeiros e enfermeiras e pessoas da saúde em geral, lutando de corpo e alma, para combater a covid-19, para descobrir tratamentos, vacinas, ou mesmo para pegar nas mãos dos moribundos, afastados da família, para que sua morte não fosse totalmente solitária.
Artistas que se viraram do avesso para sobreviver à crise, iluminando ‘lives’ de música, teatro, dança, poesia… e trazendo à nossas almas aquilo que realmente importa.
Professores que se esfolaram para aprender de última hora como mexer com o Zoom ou outras plataformas, outros tentando passar alguma coisa pelo mero Whatsapp, no caso das crianças que não têm acesso a computadores.
Jornalistas corajosos, que denunciaram, apontaram as calamidades, brigaram pela verdade, contra tantas ‘fake news’ que manipulam a população –mesmo enfrentando processos injustos e até ameaças de morte.
Pessoas de todas as profissões, exploradas por um capitalismo selvagem, como os entregadores de comida –só para citar um dos grupos em maior evidência no momento– que não só contribuíram para manutenção do funcionamento social, mas começaram a se organizar politicamente e ganharam consciência de classe.
Negros de todas as partes do planeta, mas sobretudo dos EUA e do Brasil, que apesar das violências inomináveis sofridas, não descansaram um minuto na missão de denunciar, reivindicar, lutar… #vidasnegrasimportam, encerrando o ano aqui com o emocionante filme ‘AmarElo’, do Emicida, um verdadeiro libelo pela retificação histórica dessa vergonha nacional que foi a escravidão e continua sendo o racismo entre nós.
Psicólogos, terapeutas, psicanalistas –que trataram a preços módicos ou gratuitamente– as pessoas em depressão, em surto, em grandes urgências psíquicas, provocadas pela pandemia, pelos lutos complicados, pelas violências aumentadas.
Poderíamos estender indefinidamente as multidões de seres humanos do bem, que estão alinhados com a ética de Jesus.
Lamentamos por aqueles que não cumpriram seu dever humano, cívico, moral de cuidar, proteger, acudir, providenciar medidas que pudessem minimizar a desgraça da pandemia e ainda aprofundaram nossas dores com todo tipo de violência verbal e atos contrários à justiça e à dignidade humana.
Mas resistimos. Sobrevivemos. Para mim, que tenho convicção e fortes evidências de que a vida continua depois da morte, mesmo aqueles que se foram em meio a esse caos da pandemia, seguirão conosco, trabalhando em outro plano para mudarmos esse cenário terreno.
Por isso tudo, e apesar de tudo, desejo que nesse Natal, possamos ter pelo menos um pensamento de paz, uma oração sincera (para aqueles que creem) e uma vibração de amor por toda a humanidade!
Publicação original:
https://jornalggn.com.br/…/podemos-desejar-feliz-natal…/Publicado no Facebook em 21 de Dezembro de 2020.Ref/Link: no corpo do texto
Imagem: Desenho de Carlos Latuff e Mariana Lemos para o Brasil de Fatomortes
E, nessa guerra, não há um caminho do meio: ou se é racional, empático e humano e se apoia a vacinação geral para o mundo superar a pandemia da covid-19; ou se é bolsonarista, bolsoespírita, apoiador da morte e do genocídio, desumano e imoral.
A história colocará essa estranha gente no seu lugar devido: o esgoto cognitivo e moral. Mas antes, a sociedade precisa afastar o mais rápido possível os formuladores e apoiadores dessa necropolítica. Esse é o papel que a situação atual clama por todas as pessoas pensantes.
Desenho de Carlos Latuff e Mariana Lemos para o Brasil de Fato.
Publicado no Facebook em 20 de Dezembro de 2020.
O Coletivo Nacional Espíritas à esquerda tem reunido seus grupos regionais para dialogar, debater e estudar referências teóricas e práticas com a finalidade de implantar seu ambicioso projeto de tornar o espiritismo um movimento verdadeiramente popular.
O movimento espírita precisa romper a barreira histórica e consolidada que o separa do povo brasileiro. Imaginar um movimento espírita feito pelo povo e para o povo é um sonho que o “Espíritas à esquerda” acalenta e, para isso, tem trabalhado na sua realização.
De acordo com dados do último censo disponível (2010), os espíritas representavam cerca de 2% da população brasileira, isso significaria hoje, usando o mesmo percentual de 10 anos atrás, uma população estimada de 4,3 milhões de pessoas. E quem são esses espíritas que representam um percentual tão pequeno do povo brasileiro? Os espíritas são, comparados com populações de outras expressões da fé, pessoas com mais escolaridade e com maior média de renda familiar. Resumindo, esses pouco mais de 4 milhões de espíritas pertencem à classe média elitizada, branca, bem formada e bem alimentada.
E onde entra nessa conta espírita o povo? Apenas como “assistido” na maioria das instituições que dizem representar o movimento espírita.
Seguindo o anúncio feito por Jesus há mais de dois mil anos, que veio falar dum reino de fraternidade, igualdade e justiça social, o projeto do “Espíritas à esquerda” pretende mudar radicalmente essa triste realidade do movimento espírita. Derrubar esse muro que o separa do povo torna-se uma necessidade.
As propostas em discussão nos vários grupos estaduais foram resumidamente alinhavadas em textos já publicados nas redes sociais do “Espíritas à esquerda” e seguem abaixo listados:
O Brasil se aproxima rapidamente da fúnebre marca de 200 mil mortos pela covid-19 e o energúmeno miliciano, em vez de cumprir minimamente com as obrigações do cargo que ocupa, envolve-se em briguinhas políticas com governadores e prefeitos e ri da dor e do sofrimento do povo brasileiro.
Nunca houve planejamento e ação contundente desse (des)governo para superar, ou mesmo minimizar, as consequências dessa pandemia devastadora, desnudando a necropolítica em prática pela quadrilha no poder. E agora, que várias vacinas começam a estar disponíveis para uso, o genocida ri do povo e ignora o sofrimento causado às famílias por todo o país. Sua postura prevaricadora e indiferente à urgência que o tema requer revela uma personalidade doentia e inepta, de um sociopata na acepção mais objetiva do termo.
A praga do vírus, associada à do verme genocida, fez do Brasil um país de dor, sofrimento e morte.
A notícia: https://revistaforum.com.br/…/bolsonaro-gargalha-de…/
Publicado no Facebook em 09 de Dezembro de 2020.
Imagem: twitter
O velho Partido Novo é apenas isso: fascistas e racistas de sapatênis.
Foi o ÚNICO partido a orientar sua bancada a votar inteiramente contra a adesão do Brasil à Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. A votação ocorreu no último dia 9, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Outros parlamentares também votaram contra, como mostra a lista na imagem da postagem, mas suas posições fascistas já são bem conhecidas. Mas o Novo inovou: obrigou todos os seus deputados a votar a favor do racismo.
Vale também o destaque negativo do voto a favor do racismo do deputado federal Rodrigo Coelho do PSB-SC. Do PSB!!! De um partido que se diz socialista!!!
E o que, afinal, propõe esse tratado internacional?
“Os países que ratificam a convenção se comprometem a prevenir, eliminar, proibir e punir, de acordo com suas normas constitucionais e com as regras da convenção, os atos e manifestações de racismo, discriminação racial e formas correlatas de intolerância.”
Como alguém pode ser contra isso? Como alguém minimamente decente pode votar contra a superação da discriminação racial? O que passa na cabeça doente dessa estranha gente? Como um espírita ainda é capaz de defender esse tipo de postura?
A notícia:
https://www.cut.org.br/…/confira-quem-sao-os-39…#VidasNegrasImportam#BlackLivesMatterPublicado no Facebook em 12 de Dezembro de 2020.Ref/Links: no corpo do texto
O Coletivo Nacional Espíritas à esquerda apoia integralmente esse manifesto e seus membros o assinaram e colaboraram na sua redação.
Segue o texto integral publicado no blogue “Diálogos da Fé” da
CartaCapital
Coletivo de Espíritas Antirracistas lança manifesto
Entidade repudia com veemência algumas declarações racistas encontradas em grupos virtuais.
O Coletivo de Espíritas Antirracistas vem a público defender a ideia de que é necessário ao movimento espírita assumir maior protagonismo na defesa das pautas antirracistas e não se omitir em promover essa discussão dentro das suas instituições físicas ou virtuais.
Não é possível hoje, em pleno ano de 2020 e num país imerso no racismo estrutural que mata, adoece e discrimina negras e negros, populações indígenas, ciganas etc., que o movimento espírita continue a se esconder dos debates sobre essa importante questão social, refugiando-se apenas na inócua citação de trechos e frases soltas sobre a igualdade entre as pessoas.
Para tanto, propõe a proliferação de debates e discussões sobre o racismo estrutural e suas consequências físicas, psíquicas e sociais sobre as vidas negras, com a necessária presença de negras e negros expondo suas dores e suas dificuldades numa sociedade injusta e racista.
Promover eventos, debates, encontros ou palestras, como se viu recentemente nas redes sociais de instituições espíritas, sobre racismo sem negras e negros é, além de uma ofensa aviltante, a expressão explícita do racismo estrutural que cala justamente aquele que sofre na pele esse mal social.
Num desses eventos sobre racismo, com presença exclusiva de brancos, um dos expositores, ao ser questionado, respondeu afirmando que tal postura se tratava de ‘racismo reverso’, expondo sua completa incapacidade moral e intelectiva de tratar sobre o problema. E esse certamente não é um caso isolado.
Portanto, não basta promover a discussão sobre o racismo, é preciso muito mais, é preciso que haja representatividade negra nas mesas dos eventos presenciais e virtuais. E não apenas nos eventos que discutam o racismo e suas nefastas consequências. A luta antirracista exige do movimento espírita a presença permanente de negras e negros em todos os espaços de discussão sobre qualquer tema proposto. Sem isso, o movimento espírita será tão-somente mais um promotor dessa chaga social que deveria, ao contrário, combater.
E ainda mais, as instituições espíritas deveriam refletir sobre sua composição de membros tanto nas direções gerais quanto nas coordenações de trabalhos específicos, pois o que se vê amiúde é a reprodução nessas diversas instituições daquilo que ocorre em toda a sociedade: a ausência de negras e negros nos papéis de direção dos muitos trabalhos, apesar de serem a maioria da população brasileira.
O Coletivo de Espíritas Antirracistas reconhece as contradições dos textos das obras de Kardec que, de um lado, falam da igualdade entre todos e, de outro, extravasam noções racistas e discriminatórias sobre negros, asiáticos e povos originários. E entende que esse reconhecimento não é um aviltamento das propostas espíritas, mas uma oportunidade de discussão do problema do racismo estrutural, presente também na sociedade europeia do século XIX.
A prática do racismo é inaceitável, mesmo que fantasiado de boas intenções, e sempre será firmemente combatida por nós através de todos os meios, inclusive os meios legais disponíveis, por se tratar de crime inafiançável e imprescritível, conforme prevê a legislação brasileira.
Por fim, o Coletivo de Espíritas Antirracistas repudia com veemência algumas declarações racistas encontradas em grupos virtuais espíritas e jamais deixará de se pronunciar diante desses atos e expressões imorais e ilegais e não poupará esforços para combater quaisquer ações de violência e crimes de ódio que buscam ofuscar as conquistas sociais do movimento negro no Brasil, em todos os espaços, incluindo espaços da fé brasileira, como o movimento espírita.”
Assinam o manifesto:
Antônio Isuperio Pereira
Gustavo Jaime Filizola
Hadson José Farias do Nascimento
Gisela Alves Paulo Faria
Mônica Fonseca Mendes
Marcelo Pereira Menini
Sandro Cândido da Silva
Kelly Cristina Nascimento
Isabel Cristina Santos Guimarães
Quem quiser também assinar esse manifesto antirracista, basta entrar em:
http://chng.it/RYNJZB6P55Publicado no Facebook em 01 de Dezembro de 2020.Ref/Link: https://www.cartacapital.com.br/…/coletivo-de…/
Imagem: captura de tela
No mês da consciência negra, o novembro azeviche, o Coletivo Nacional Espíritas à esquerda promove um debate sobre o racismo.
É preciso conversar sobre o racismo estrutural e seus reflexos no movimento espírita.
Participarão dessa conversa membros do nosso coletivo EàE de diversos estados: a Gisela Alves do EàE do Rio de Janeiro, o Hadson Nascimento do EàE do Rio Grande do Norte, a Isabel Guimarães do EàE da Bahia, a Kelly Cristina do EàE de São Paulo e a Mônica Mendes do EàE de Brasília.
Para falar de racismo, é preciso senti-lo na pele. No EàE, pretas e pretos falam de racismo.
Publicado no Facebook em 28 de Novembro de 2020.
Num país distópico, numa republiqueta banan…, ops, laranjeira qualquer, havia um povo que muito se sensibilizava com vidros e equipamentos quebrados dos mais ricos, mas que naturalizava o assassinato dos oprimidos, as queimadas florestais, a fome que grassava e a injustiça social que roubava seu próprio futuro.
Nesse estranho país distópico e incoerente havia também uma estranha gente bolsoespírita que, em nome dum deus perverso, pregava o ódio, adorava torturadores e apoiava o crime organizado. Ainda bem que tudo não passa de ficção, não é mesmo?
Quase lembra uma casa muito engraçada. Quase…
Imagem: Redes sociais – Twitter
Publicado no Facebook em 22 de Novembro de 2020.
Comemorar a derrota de Trump não significa estar de olhos fechados para os problemas que os democratas sempre representaram para o mundo e, em especial, para a América Latina.
E provavelmente não será diferente com o novo presidente eleito Joe Biden e sua vice-presidenta Kamala Harris.
Mas, como afirmou Evo Morales Ayma, ex-presidente boliviano, em postagem no Twitter, “a derrota eleitoral de Trump é a derrota das políticas racistas e fascistas […] e de seus atentados desumanos contra a mãe Terra”.
Sim, é hora de comemorar a derrota do protofascismo estadunidense. Mas não se pode fechar os olhos à realidade do império do capital sobre a pobreza latina. A luta, portanto, continua
Publicado no Facebook em 07 de novembro de 2020.
Imagem: Redes sociais – Twitter
Hoje, a grande imprensa amanheceu louvando o encontro entre Luciano Huck e Sérgio Moro. E o odor fétido que exala das notas é a de que essa chapa dos sonhos do grande capital, do qual o “mainstream” jornalístico adula e faz parte, representariam, nas terras tupiniquins, o mesmo que a chapa Biden e Harris representaram nas terras do Tio Sam: a união de todos contra o fascismo e o obscurantismo.
O sincronismo do diálogo e da notícia, logo após o anúncio da vitória de Biden/Harris no Império do Norte, já mostra o grau de manipulação e oportunismo da imprensa cooptada e golpista que se enfrentará a partir de agora até 2022.
Tanto essa imprensa quanto os dois nomes citados e louvados estiveram juntos, todos, no apoio ao fascismo nacional, ao novo integralismo ridículo e anacrônico. “Nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado”, e não se deixará isso ser esquecido, mesmo que o apresentador global apague mais fotos com seus comparsas e o ex-juizeco fascista tente se descolar de seu ex-chefe em Brasília.
Não, esses nomes velhacos e espertalhões não representam o nosso Biden, como bem argumentou Kennedy Alencar em suas redes sociais. São oportunistas baratos que apoiaram os milicianos fascistas e agora querem tirar onda de centro esclarecido.
Não haverá união possível contra o fascismo com esses nomes à frente. Até porque a luta contra o fascismo também é uma luta contra os hucks e moros que se levantaram recentemente dos esgotos da política nacional.
A única frente ampla possível na luta contra essa doença moral que se instalou no Brasil é apenas, demasiado apenas, com partidos do espectro político de esquerda.
Data: 08.11.2020