O deboche sobre a dor
O Brasil se aproxima rapidamente da fúnebre marca de 200 mil mortos pela covid-19 e o energúmeno miliciano, em vez de cumprir minimamente com as obrigações do cargo que ocupa, envolve-se em briguinhas políticas com governadores e prefeitos e ri da dor e do sofrimento do povo brasileiro.
Nunca houve planejamento e ação contundente desse (des)governo para superar, ou mesmo minimizar, as consequências dessa pandemia devastadora, desnudando a necropolítica em prática pela quadrilha no poder. E agora, que várias vacinas começam a estar disponíveis para uso, o genocida ri do povo e ignora o sofrimento causado às famílias por todo o país. Sua postura prevaricadora e indiferente à urgência que o tema requer revela uma personalidade doentia e inepta, de um sociopata na acepção mais objetiva do termo.
A praga do vírus, associada à do verme genocida, fez do Brasil um país de dor, sofrimento e morte.
A notícia: https://revistaforum.com.br/…/bolsonaro-gargalha-de…/
Publicado no Facebook em 09 de Dezembro de 2020.
O velho racismo
O velho Partido Novo é apenas isso: fascistas e racistas de sapatênis.
Foi o ÚNICO partido a orientar sua bancada a votar inteiramente contra a adesão do Brasil à Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. A votação ocorreu no último dia 9, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Outros parlamentares também votaram contra, como mostra a lista na imagem da postagem, mas suas posições fascistas já são bem conhecidas. Mas o Novo inovou: obrigou todos os seus deputados a votar a favor do racismo.
Vale também o destaque negativo do voto a favor do racismo do deputado federal Rodrigo Coelho do PSB-SC. Do PSB!!! De um partido que se diz socialista!!!
E o que, afinal, propõe esse tratado internacional?
“Os países que ratificam a convenção se comprometem a prevenir, eliminar, proibir e punir, de acordo com suas normas constitucionais e com as regras da convenção, os atos e manifestações de racismo, discriminação racial e formas correlatas de intolerância.”
Como alguém pode ser contra isso? Como alguém minimamente decente pode votar contra a superação da discriminação racial? O que passa na cabeça doente dessa estranha gente? Como um espírita ainda é capaz de defender esse tipo de postura?
A notícia:
https://www.cut.org.br/…/confira-quem-sao-os-39…
#VidasNegrasImportam
#BlackLivesMatter
Publicado no Facebook em 12 de Dezembro de 2020.
Ref/Links: no corpo do texto
Manifesto antirracista
O Coletivo Nacional Espíritas à esquerda apoia integralmente esse manifesto e seus membros o assinaram e colaboraram na sua redação.
Segue o texto integral publicado no blogue “Diálogos da Fé” da CartaCapitalColetivo de Espíritas Antirracistas lança manifesto
Entidade repudia com veemência algumas declarações racistas encontradas em grupos virtuais. O Coletivo de Espíritas Antirracistas vem a público defender a ideia de que é necessário ao movimento espírita assumir maior protagonismo na defesa das pautas antirracistas e não se omitir em promover essa discussão dentro das suas instituições físicas ou virtuais. Não é possível hoje, em pleno ano de 2020 e num país imerso no racismo estrutural que mata, adoece e discrimina negras e negros, populações indígenas, ciganas etc., que o movimento espírita continue a se esconder dos debates sobre essa importante questão social, refugiando-se apenas na inócua citação de trechos e frases soltas sobre a igualdade entre as pessoas. Para tanto, propõe a proliferação de debates e discussões sobre o racismo estrutural e suas consequências físicas, psíquicas e sociais sobre as vidas negras, com a necessária presença de negras e negros expondo suas dores e suas dificuldades numa sociedade injusta e racista. Promover eventos, debates, encontros ou palestras, como se viu recentemente nas redes sociais de instituições espíritas, sobre racismo sem negras e negros é, além de uma ofensa aviltante, a expressão explícita do racismo estrutural que cala justamente aquele que sofre na pele esse mal social. Num desses eventos sobre racismo, com presença exclusiva de brancos, um dos expositores, ao ser questionado, respondeu afirmando que tal postura se tratava de ‘racismo reverso’, expondo sua completa incapacidade moral e intelectiva de tratar sobre o problema. E esse certamente não é um caso isolado. Portanto, não basta promover a discussão sobre o racismo, é preciso muito mais, é preciso que haja representatividade negra nas mesas dos eventos presenciais e virtuais. E não apenas nos eventos que discutam o racismo e suas nefastas consequências. A luta antirracista exige do movimento espírita a presença permanente de negras e negros em todos os espaços de discussão sobre qualquer tema proposto. Sem isso, o movimento espírita será tão-somente mais um promotor dessa chaga social que deveria, ao contrário, combater. E ainda mais, as instituições espíritas deveriam refletir sobre sua composição de membros tanto nas direções gerais quanto nas coordenações de trabalhos específicos, pois o que se vê amiúde é a reprodução nessas diversas instituições daquilo que ocorre em toda a sociedade: a ausência de negras e negros nos papéis de direção dos muitos trabalhos, apesar de serem a maioria da população brasileira. O Coletivo de Espíritas Antirracistas reconhece as contradições dos textos das obras de Kardec que, de um lado, falam da igualdade entre todos e, de outro, extravasam noções racistas e discriminatórias sobre negros, asiáticos e povos originários. E entende que esse reconhecimento não é um aviltamento das propostas espíritas, mas uma oportunidade de discussão do problema do racismo estrutural, presente também na sociedade europeia do século XIX. A prática do racismo é inaceitável, mesmo que fantasiado de boas intenções, e sempre será firmemente combatida por nós através de todos os meios, inclusive os meios legais disponíveis, por se tratar de crime inafiançável e imprescritível, conforme prevê a legislação brasileira. Por fim, o Coletivo de Espíritas Antirracistas repudia com veemência algumas declarações racistas encontradas em grupos virtuais espíritas e jamais deixará de se pronunciar diante desses atos e expressões imorais e ilegais e não poupará esforços para combater quaisquer ações de violência e crimes de ódio que buscam ofuscar as conquistas sociais do movimento negro no Brasil, em todos os espaços, incluindo espaços da fé brasileira, como o movimento espírita.” Assinam o manifesto: Antônio Isuperio Pereira Gustavo Jaime Filizola Hadson José Farias do Nascimento Gisela Alves Paulo Faria Mônica Fonseca Mendes Marcelo Pereira Menini Sandro Cândido da Silva Kelly Cristina Nascimento Isabel Cristina Santos Guimarães Quem quiser também assinar esse manifesto antirracista, basta entrar em: http://chng.it/RYNJZB6P55 Publicado no Facebook em 01 de Dezembro de 2020. Ref/Link: https://www.cartacapital.com.br/…/coletivo-de…/DEBATE SOBRE RACISMO
No mês da consciência negra, o novembro azeviche, o Coletivo Nacional Espíritas à esquerda promove um debate sobre o racismo.
É preciso conversar sobre o racismo estrutural e seus reflexos no movimento espírita.
Participarão dessa conversa membros do nosso coletivo EàE de diversos estados: a Gisela Alves do EàE do Rio de Janeiro, o Hadson Nascimento do EàE do Rio Grande do Norte, a Isabel Guimarães do EàE da Bahia, a Kelly Cristina do EàE de São Paulo e a Mônica Mendes do EàE de Brasília.
Para falar de racismo, é preciso senti-lo na pele. No EàE, pretas e pretos falam de racismo.
Publicado no Facebook em 28 de Novembro de 2020.
Queimem pessoas e florestas
Num país distópico, numa republiqueta banan…, ops, laranjeira qualquer, havia um povo que muito se sensibilizava com vidros e equipamentos quebrados dos mais ricos, mas que naturalizava o assassinato dos oprimidos, as queimadas florestais, a fome que grassava e a injustiça social que roubava seu próprio futuro.
Nesse estranho país distópico e incoerente havia também uma estranha gente bolsoespírita que, em nome dum deus perverso, pregava o ódio, adorava torturadores e apoiava o crime organizado. Ainda bem que tudo não passa de ficção, não é mesmo?
Quase lembra uma casa muito engraçada. Quase…
Publicado no Facebook em 22 de Novembro de 2020.
Comemorar a derrota de Trump
Comemorar a derrota de Trump não significa estar de olhos fechados para os problemas que os democratas sempre representaram para o mundo e, em especial, para a América Latina.
E provavelmente não será diferente com o novo presidente eleito Joe Biden e sua vice-presidenta Kamala Harris.
Mas, como afirmou Evo Morales Ayma, ex-presidente boliviano, em postagem no Twitter, “a derrota eleitoral de Trump é a derrota das políticas racistas e fascistas […] e de seus atentados desumanos contra a mãe Terra”.
Sim, é hora de comemorar a derrota do protofascismo estadunidense. Mas não se pode fechar os olhos à realidade do império do capital sobre a pobreza latina. A luta, portanto, continua
Publicado no Facebook em 07 de novembro de 2020.
Da caridade à cidadania em fluxos: posicionamentos espíritas nas Eleições 2018
Leituras em tempo de quarentena.
Nesse texto, publicado em setembro de 2020 pela Revista Compolítica, o autor, João Damasio, jornalista, doutorando em Ciências da Comunicação (Unisinos) e mestre em Comunicação (UFG), analisa a posição dos espíritas nas eleições presidenciais de 2018 no Brasil. —————————————————————-Da caridade à cidadania em fluxos: posicionamentos espíritas nas Eleições 2018
João Damasio da Silva Neto Revista Compolítica RESUMO Este trabalho analisa a circulação dos posicionamentos espíritas nas eleições presidenciais de 2018 no Brasil como indícios de uma transformação mais ampla na relação entre religião e política na sociedade em vias de midiatização. Historicamente, os espíritas se basearam no paradoxo entre laicidade e neutralidade para eleger a caridade como exercício político. O circuito-ambiente aqui analisado aponta para aberturas desse modelo na forma de uma cidadania em fluxos. Foram analisados três âmbitos (sócio-organizacional, técnico-midiático e político-discursivo) em que os posicionamentos espíritas operam: a) tentativas de neutralização política; b) expressão de motivações sociais espíritas; c) aberturas para estratégias mediadoras; e d) aberturas para fluxos adiante e táticas coletivas progressistas, correspondendo às lógicas de midiatização. DA CARIDADE À CIDADANIA EM FLUXOS A relação do espiritismo com a política é tão paradoxal quanto seu tensionamento originário com a ciência. Os tensionamentos com a razão e com a política são fundantes da religião que responde –ao mesmo tempo em que intriga– aos ideais positivistas da racionalidade e da laicidade. Para propor uma fé raciocinada, o espiritismo buscou afirmar uma cientificidade que sempre precisou ser mediada. Ao fixar uma moral no livre arbítrio caritativo, a doutrina se isentou de determinados entendimentos sociais e políticos ao longo do tempo. O contrassenso espírita consiste na afirmação da racionalidade da fé no campo científico e da neutralidade social no campo político. O caso constituído para a investigação aqui relatada objetiva compreender a circulação de posicionamentos espíritas sobre temas de política, de modo a perceber como essa questão se atualiza em uma sociedade em midiatização. Entender a inserção do espiritismo nessa temática contribui com o conjunto de pesquisas na interface entre mídia, religião e política à medida em que “o número de estudos dedicados às relações entre mídia e outras religiosidades –além de católicos e protestantes– é menor” (Martino, 2016). Nesta pesquisa, efetuamos um mapeamento sobre posicionamentos institucionais ou coletivos de espíritas publicados durante o período de agosto a outubro de 2018, que correspondeu a um período da campanha eleitoral presidencial no Brasil. Os 18 textos que compõem nosso corpus são referidos em seção específica ao final do texto e foram coletados nos sites das principais instituições espíritas do país: a Federação Espírita Brasileira (Feb), seguindo depois por todos os sites que ela vincula na aba “Movimento Espírita”; a Confederação Espírita Pan-Americana (Cepa); e textos afins que tiveram ampla circulação em redes sociais nesse período por parte de coletivos não institucionalizados. Miguel (2009; 2012), dentre outros, já constatou quão político é o posicionamento “neutro” dos espíritas no Brasil. O autor analisou os posicionamentos institucionais espíritas em diversos episódios e contextos históricos durante o século passado. A diferença, no presente trabalho, está no contexto social atual e na abordagem metodológica. De lá para cá, as condições da semiose têm progredido de uma “sociedade dos meios” (na qual os campos sociais são mediados pela mídia) para uma “sociedade em vias de midiatização” (na qual a cultura da mídia perpassa instituições, mídias e atores sociais) (Fausto Neto, 2008). De modo prático e aplicado ao caso de pesquisa, isso significa que a circulação de sentidos oriunda de posicionamentos espíritas sobre política ganha dinamicidade e relevância analítica à medida em que diversas instituições, mídias e atores sociais se apropriam da cultura midiática, pelo uso da internet e de outras formas pelas quais adquirem ou respondem a competências comunicativas. Dois questionamentos centrais se configuram no presente estudo: Como os posicionamentos espíritas sobre política circularam no período eleitoral de 2018? Até que ponto a atualização dessa circulação possibilita aberturas para uma cidadania comunicacional no contexto espírita? Para isso, recupera-se a relação entre espiritismo e política no desenvolvimento do pensamento espírita e no movimento social a ele correspondente, da França ao Brasil, localizando a centralidade da caridade como tema catalizador das discussões políticas. Em seguida, apresenta-se a abordagem teórica da midiatização, desenvolvendo os temas da circulação e da cidadania comunicacional, úteis à análise. A reflexão metodológica busca colecionar indícios no corpus constituído a fim de perceber como se organiza seu sistema de circulação e problematizar a relação entre espiritismo e política. […] Publicado no Facebook em 02 de Novembro de 2020. Texto completo em: http://compolitica.org/…/revista/article/view/400/272 REF/Link? http://compolitica.org/revista/index.php/revista/article/view/400/272?fbclid=IwAR0Cmjsx9Gj0CzHWlA07JP75WNquMgApQe5TmmpNjmsG887sWQ3iVQnMZsIA vacina e a necropolítica
A vacina CoronaVac, criada pelo laboratório chinês Sinovac, e que será produzida no Brasil por meio da parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, já está na última fase de testes –é uma das mais avançadas–, e tem tido, até então, bons resultados na imunização dos voluntários vacinados. Ou seja, as expectativas em relação a essa vacina são muito promissoras.
Diante do drama mortal vivido pelo mundo por conta da pandemia do novo coronavírus, qualquer vacina que se torne apta ao uso pela população global, após passar pelos necessários testes e validações científicos, será como uma bênção de cura e a etapa de superação do problema que já se arrasta por mais de seis meses.
Por isso, nesse momento de grave crise de doença e morte, todos os governos do mundo, em todas as esferas de poder, devem unir suas forças e ações no sentido de distribuir e aplicar o mais rápido possível qualquer vacina, independente de sua origem, que se torne a solução cientificamente aprovada desse problema.
Pois o (des)governo do inominável vem seguindo justamente o caminho inverso daquele que se deveria esperar de equipe gestora dum estado qualquer.
O chefe da quadrilha miliciana e corrupta tem ratificado, repetidas vezes, sua criminosa posição de não criar mecanismos para induzir a vacinação em massa da população, o que certamente prolongará o drama da saúde pública no Brasil causado pela sombria pandemia. É a necropolítica em seu estado puro.
Causou um rasgo de esperança ouvir o militar da saúde, aquele que sequer sabia o que era o SUS, afirmar que o Brasil compraria, por meio do governo federal, mais de 40 milhões de doses da CoronaVac. Mas, como tudo que vem do crime organizado instalado no poder central, a esperança logo se esvaiu, pois o energúmeno presidente tratou de desautorizar o militar na saúde, insinuando inclusive uma possível traição.
E por que o incapacitado presidente tem tal postura contra o povo brasileiro, forçando-o a viver sob a sombra da morte e da dor? Porque a vacina, voilà, é chinesa e a articulação foi feita por um seu atual desafeto político, antigo aliado, o governador do estado de São Paulo.
Caso a vacina do laboratório Sinovac alcance a necessária aprovação da comunidade científica, como parece que ocorrerá em breve, o brasileiro estará impedido de acessar a cura para a devastadora doença, que já matou mais de 155 mil pessoas no Brasil, porque o presidente eleito pela mentira e pelo ódio simplesmente não o quer por doentios cálculos eleitorais e políticos. Seu patético papel diante de tão grave problema mereceria, caso fosse esse um país sério, o opróbrio da sociedade e a sua condenação pelos demais poderes da República.
Mas o drama e a vergonha não param por aí: em muitos perfis de espíritas famosos vê-se a defesa dessa ignomínia e a adesão cega à campanha contra a vacinação do povo brasileiro. Essa estranha gente, carinhosamente chamada de bolsoespírita e que se diz defensora da vida, associa-se ao culto da morte e da dor de forma lânguida e irracional. Médiuns, cantoras, palestrantes, escritores de livros mediúnicos, dirigentes, parece que esse mal se alastrou como uma crise da razão e dos sentimentos entre essas pseudocelebridades descuidadas e que deixaram revelar o que de pior existe na alma humana.
Que venha a vacina, seja ela chinesa, paulista, russa ou marciana. Se passar pelas etapas indispensáveis do processo científico, que cumpra seu papel de curar a humanidade desse mal global. E que os desequilibrados, os ignorantes, os oportunistas e os cheios de ódio não sejam uma barreira na libertação dessa doença.
Publicado no Facebook em 21 de Outubro de 2020.